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Nem quarteto de ‘estrelas’ salva: São Paulo vai mal e é hostilizado em casa

Com Hernanes, Daniel Alves, Pato e Pablo juntos pela primeira vez - os quatro estiveram em campo durante todo o segundo tempo -, Tricolor tem atuação constrangedora em casa

Digão comemora o primeiro gol do Flu no Morumbi - FOTO: Maílson Santana/Fluminense
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O segundo tempo da derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta quinta-feira, no Morumbi, foi um retrato da frustrante temporada do São Paulo. Com suas quatro maiores contratações do ano em campo juntas pela primeira vez - Hernanes, Daniel Alves, Pato e Pablo  -, o time de Fernando Diniz passou 45 minutos e mais os acréscimos sem criar absolutamente nada.

A torcida, obviamente, perdeu a paciência. Em um momento em que o Fluminense trocou dezenas de passes sem ser acossado, os pouco mais de 17 mil presentes se voltaram contra a equipe: “muito respeito com a camisa tricolor”, “time sem vergonha” e “ah, mas que saudade, quando o São Paulo jogava com vontade” foram os gritos entoados nas arquibancadas.

O São Paulo versão de 2019 não conseguiu ser um time - e nem vai conseguir, já que faltam sete jogos para o fim de um Brasileiro que ainda pode reservar decepções, já que a última vaga no G4 hoje parece muito mais próxima de outro Tricolor, o gaúcho. É um fracasso coletiva e individualmente, algo até esperado em um grupo comandado por quatro treinadores diferentes e castigado por problemas médicos que não deixam as escalações se repetirem (Vitor Bueno, que vinha sendo um dos melhores dos últimos jogos, foi substituído por Juanfran nesta quarta após sentir a coxa direita. Mais um...).

O enredo dessa derrota foi parecido com o de outras: o São Paulo com uma enorme e infértil posse de bola e o adversário fechado e apostando (e se dando bem) nos contra-ataques e na bola parada. Aliás, foi o enredo do jogo entre esses mesmos dois clubes no primeiro turno. Na época, o Flu de Diniz propôs o jogo e provou do veneno do São Paulo reativo de Cuca, que venceu por 2 a 1.

Sem Igor Gomes, suspenso, Diniz armou o meio de campo com Jucilei protegendo a zaga e Liziero e Tchê Tchê armando para Pablo, de volta de lesão após seis jogos e titular no lugar de Raniel. Até pelas características dos jogadores, faltou verticalidade. Exceto por dois chutes perigosos de Antony e um de Pablo, o time quase não incomodou. Depois de sair atrás, se apagou de vez.

A defesa, que geralmente ameniza a inoperância do ataque ao não tomar gols, teve um apagão. Digão aproveitou um cochilo de Arboleda para marcar de cabeça o primeiro gol do Flu, após falta duvidosa de Daniel Alves. Logo na sequência, em um contra-ataque perfeito que começou pelo lado direito da defesa são-paulina, Caio Henrique deu um drible da vaca em Bruno Alves e fez a assistência para Marcos Paulo marcar o segundo.

Hernanes e Pato entraram nas vagas de Jucilei e Liziero no intervalo, mas tiveram desempenho na média do restante do ano: decepcionante. O que deveria ser um quarteto fantástico, somando Daniel Alves e Pablo, foi só o símbolo de um time que faz força para jogar futebol e tem os piores números ofensivos da história do clube.

Foram incontáveis as vezes que Antony recebeu a bola sozinho pelo lado direito contra dois ou três adversários e, sem ter o que fazer, tocou pra trás ou fez um cruzamento improdutivo. Daniel Alves, que ainda não convence nem na meia e nem na lateral, também cansou de fazer levantamentos sem nexo.

O próximo desafio do São Paulo é novamente em casa, às 16h de domingo, contra o Athletico-PR.