Soberanos do Morumbi

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Namoro antigo: Pato quase voltou ao São Paulo para vestir a 10 em 2016

Atacante foi acolhido pelo clube após deixar o Corinthians em baixa, ficou bem perto de retornar na metade de 2016 e agora foi protagonista de um chapéu no Palmeiras

Pato vestiu a camisa 11 em sua primeira passagem pelo Morumbi (Foto: Ricardo Rimoli)
Escrito por

Alexandre Pato disse "sim" ao São Paulo na tarde desta quarta-feira, transformando em casamento um namoro que durava desde 2014, quando ele iniciou sua primeira passagem pelo clube. O atacante de 29 anos não se desconectou do Tricolor após encerrar sua primeira passagem pelo Morumbi, em 2015. Ele esteve perto de retornar em 2016, manteve-se em contato com antigos companheiros e funcionários do clube, sempre dizendo que um dia retornaria, e agora foi protagonista de uma longa novela que terminou com "chapéu" no rival Palmeiras e final feliz para os são-paulinos.

Pato foi acolhido pelo São Paulo após uma passagem fracassada pelo Corinthians, que investira R$ 40 milhões para tirá-lo do Milan (ITA) no início de 2013. Ele foi trocado por Jadson e jogou por empréstimo no Tricolor em 2014 e 2015, quando marcou 38 gols e deu 16 assistências em 101 jogos. Apesar de não ter conquistado nenhum título, foi amor à primeira vista.

Emprestado pelo Corinthians ao Chelsea (ING) no primeiro semestre de 2016, Pato esteve bem próximo de retornar ao São Paulo no meio daquele ano. O então diretor de futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, foi até a casa do jogador levando consigo uma camisa 10 com o nome dele às costas - Pato havia usado a 11 em sua primeira passagem, e aquele gesto simbolizava que, com a saída de Ganso, ele seria a grande referência da equipe.

As conversas avançaram bem, mas emperraram em alguns valores. Dias depois, quando o Villarreal já havia acertado a compra dele com o Corinthians por 3 milhões de euros (R$ 10,8 milhões), o Tricolor tentou cobrir a oferta e não conseguiu. O casamento estava adiado, mas a paquera continuou.

Em maio de 2018, quando já jogava no Tianjin Tianhai (CHN), Alexandre Pato aproveitou as férias para ir ao Morumbi assistir à vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, pelo Brasileirão. Ele torceu fervorosamente pela equipe, àquela altura comandada por Diego Aguirre, com direito a publicações em suas redes sociais, foi presenteado com uma camisa do clube e deu entrevista dizendo que planejava voltar um dia.

Pato dizia aos amigos do São Paulo que sua ideia era retornar em janeiro de 2020, após o fim do contrato com o Tianjin, mas a crise financeira do clube chinês e o namoro com Rebeca Abravanel, filha de Silvio Santos, fizeram com que ele decidisse antecipar o retorno ao Brasil. Mais especificamente à capital paulista.

O São Paulo, que vinha enxugando a folha salarial para contratar reforços pedidos por Cuca após cair de forma precoce na Libertadores, precisou reorganizar seu orçamento - e também garantir ao técnico, antes reticente, que o alto investimento que seria feito pelo atacante não inviabilizaria a chegada de outras peças.

Cuca se convenceu e até telefonou para Pato para ajudar nas negociações, mas havia um grande empecilho a ser superado: o Palmeiras, de poder financeiro maior e ótima relação com André Cury, agente que ajudou o atacante a rescindir com o Tianjin Tianhai. 

O Palmeiras chegou a estar bem confiante de que conseguiria contratá-lo. Na noite de terça, já se dizia nos bastidores do Palestra Itália que o carinho de Pato pelo São Paulo não seria suficiente para atraí-lo, já que vestindo verde ele poderia disputar a Libertadores e ter mais projeção para voltar à Seleção Brasileira. Tudo caminhava para a assinatura de um contrato válido até dezembro de 2019, com renovação e aumento salarial em janeiro de 2020, desde que metas esportivas fossem atingidas.

O modelo adotado pelo São Paulo era semelhante, mas com valores menores. Então o clube deu a cartada final: ofereceu a Pato um contrato válido até dezembro de 2022, também com aumento a partir de janeiro de 2020, mas sem a necessidade de atingir nenhuma meta esportiva. O atleta não correrá o risco de, por exemplo, se machucar e perder a chance de renovar ao fim da temporada.

Ao anunciá-lo, o São Paulo destacou o carinho antigo de Pato pelo clube: "Aqui o coração bate mais forte. E continuará batendo...".