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Lugano vê Maicon já como ídolo, caráter em Denis e Calleri de saída

Uruguaio diz que clube conta com permanência do zagueiro, mas que caso de Jony é difícil. Sobre o goleiro, Dios avisa: 'Colocar a cabeça na sola do rival significa muita coisa'

 (Foto: Daniel Vorley/AGIF/Lancepress!)
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Durante quase 30 minutos da manhã desta segunda-feira, Diego Lugano concedeu uma profunda entrevista coletiva no CT da Barra Funda. O zagueiro do São Paulo, como de costume, esbanjou franqueza em suas respostas, como ao entregar que o clube já conta com a permanência de Maicon. O uruguaio, aliás, diz ver o zagueiro como espelho de sua primeira passagem no Tricolor.

- Tenho entendido dentro do clube que ele fica, a não ser que eu leve um balde de água gelada. Espero que fique, pois se adaptou rápido ao clube e está na idade ideal para atingir seu rendimento máximo. É um jogador para cobrir a posição por muitos anos, assim como o aspecto emocional e de liderança que ele transmite. Até vejo algumas semelhanças de dez anos atrás aqui no São Paulo. Me identifico com o caráter dele e desde o dia em que o conheci sabia que daria certo. Espero que fique, não só pela Libertadores, mas para fazer uma história maior - destacou o camisa 5.

A mesma franqueza que traz esperança pelo fico de Maicon carrega pessimismo sobre a situação de Jonathan Calleri. Apesar do argentino estar garantido nas semifinais da Copa Libertadores da América - o zagueiro tem contrato somente até 30 de junho -, Lugano não crê que a passagem de Jony possa ser esticada por mais tempo. E Dios conhece bem quem tem os direitos econômicos do atacante, já que é empresariado por Juan Figer, uruguaio que é proprietário do Deportivo Maldonado (URU), ao qual Calleri está vinculado.

- Jony vai embora, é previsível, porque sempre foi o sonho dele e tem futebol para isso. E não depende dele, da gente, depende de quem colocou dinheiro. E o São Paulo não tem como pagar a eles. Temos que ser realistas e torcer para que ele faça mais gols para chegar à taça da Libertadores - explicou Lugano, sobre o camisa 12, que está na Europa para resolver questões burocráticas.

CARÁTER
Lugano ainda aproveitou para exaltar o "fogo sagrado" que tem alimentado os jogadores do São Paulo. Um exemplo de que a sinergia com a torcida foi recuperada está em Denis, que se arriscou ao colocar o rosto em dividida com Alecsandro durante a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras e levou quatro pontos ao receber uma solada do atacante rival.

Denis teve papel importante para o Tricolor vencer o Palmeiras na tarde do último domingo (Foto: Mauro Horita/Lancepress!)

- Esse lance mostrou o caráter de um profissional sério e comprometido que trabalha todos os dias por seu espaço. Foi uma entrada casual, mas muito forte. Mostrou ao torcedor o quanto ele quer marcar o nome no clube. Acho que passa para o grupo. Acredito muito mais nas ações do que nas palavras e isso mostra comprometimento. Colocar a cabeça na sola do adversário salvou o gol e transmite muita coisa - reiterou o uruguaio.

Confira outros trechos da entrevista de Lugano:

O que mudou no ambiente do clube neste ano?

Não posso falar de mudança, porque cheguei neste ano e vejo essa mentalidade de vencer e fazer história desde o começo. Para falar de mudança, precisaria comparar com algo que não vi. Vejo o time evoluir, melhorar, ter melhores resultados... Temos uma necessidade de fazer história e de melhorar futebolisticamente. Não estamos nem perto de alcançar nosso teto. Precisamos chegar a isso nas decisões da Libertadores. Com o esforço de cada um de nós conseguiremos o título. O time é combativo, competitivo e traz identificação com a torcida, mas sabemos que ainda podemos e devemos dar mais. Só com força e corrida, você não conquista coisas importantes. Precisa de um futebol mais fluido e mais regular.

A pausa da Libertadores será um obstáculo?
Estávamos muito empolgados, com a torcida animada, e ficar um mês e meio parado deve ser algo mais negativo. A outra leitura é que ainda não alcançamos nosso teto de rendimento e hoje nem sequer temos o elenco inteiro. Talvez sirva para chegarmos mais prontos. Precisaremos de nosso máximo potencial para bater um time que até agora foi melhor do que a gente. 

'O que tem de similar com 2005 é o fogo sagrado de cada jogador para deixar o nome na história do clube com títulos'

O que pensa da discussão entre Maicon e Rogério após o clássico?
Não vi porque estava indo para o doping. Falamos hoje aqui no treino, mas é algo normal de cobrança. Talvez falte um pouquinho de maturidade para o grupo, pois é um fato que precisa ser resolvido no vestiário, não diante da torcida e da imprensa. Às vezes nem em frente a dirigentes e comissão técnica. Eu, mais experiente, preciso trabalhar mais para melhorar essa forma do São Paulo se comportar. Ter gana de ganhar é importante, mas é preciso ser algo interno. Vocês só precisam ver o que queremos

Já vê semelhanças deste time com o de 2005?
O que tem de similar é o fogo sagrado de cada jogador para deixar o nome na história do clube com títulos. No fundo isso é o que move os jogadores, principalmente alguns meninos que passaram por momentos muito difíceis aqui no clube. Eles enxergam uma grande oportunidade e agem para que isso aconteça. O mínimo que recuperamos foi a confiança com o torcedor, que agora tem uma sinergia e vê com orgulho a briga mesmo nas derrotas. Há formas e formas de perder e o torcedor está vendo que o São Paulo tem orgulho de representá-los. Não é uma virtude, é o mínimo.