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Dribles e passes ousados: a ordem do interino para o São Paulo ‘se divertir’

Técnico do sub-20 é apresentado pelo auxiliar Pintado ao elenco profissional e aplica treino intenso no CT da Barra Funda: 'Jogar não pode ser um sofrimento, tem que ser gostoso'

Reservas do Tricolor tiveram conversa com Jardine antes do treino técnico (Foto: Bruno Grossi)
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Sem saber a duração de sua passagem, o interino André Jardine começou nesta sexta-feira seu trabalho à frente do São Paulo. O substituto provisório de Edgardo Bauza comandou atividade técnica sem os principais titulares do Tricolor, mas pôde deixar evidente uma mudança de estilo de jogo em relação a Patón, que assumiu a Argentina também nesta tarde.

Foram quase duas horas de treinamento, incluindo o aquecimento orientado pelo preparador físico Zé Mário Campeiz. Jardine dividiu os atletas - entre eles, apenas Wesley foi titular na derrota para o Atlético-MG - em três times e promoveu exercício de posse de bola em campo reduzido, com apenas dois toques liberados. "Esqueçam o gol, mantenham a posse", pedia.

O time vinho duelava com o amarelo, enquanto o azul servia de coringa para as duas equipes e contava com os goleiros Denis e Léo. Os arqueiros foram bastante elogiados pelo desempenho com os pés, mas levaram broncas quando forçaram chutões. Jardine bradava: "Passe tem que ser fácil de dominar. Não dá para levar a bola à toa, priorizem o chão".

A variação do treino tinha os goleiros de volta às metas. Denis e Léo apenas iniciavam as jogadas com as mãos e não podiam receber recuos: "Quero ver a visão que vocês têm de futsal, de jogar solto, movimentar e chutar. É pra chutar forte mesmo", pedia o interino, quando Matheus Reis foi apertado e recuou a Denis: "Pode parar! Tem que driblar! Tem que aprender a ser marcado".

Titulares fizeram apenas treino regenerativo (Foto: Bruno Grossi)

Os dois tipos de atividade eram revezados, sempre em tiros curtos e mais intensos. Segundo Jardine, os atletas precisam "inchar a perna" em cada trecho do treino, para ganhar potência. E na segunda etapa do "futsal", o treinador voltou a subir o tom das imparáveis orientações: "Jogar não pode ser um sofrimento, tem que ser gostoso. Tem que ferrar o cara, ameaçar uma coisa e fazer outra. Tem que driblar! Ninguém desequilibra o jogo? Tem uma hora em que alguém precisa decidir, ser protagonista!".

"Tem que driblar! Ninguém desequilibra o jogo? Tem uma hora em que alguém precisa decidir, ser protagonista!"

Aos poucos, os jogadores sentiram a intensidade do treinamento, mas na maior parte mostraram empolgação, pedindo bolas o tempo todo e exaltando os colegas que cumpriam bem as orientações de Jardine. O auxiliar Pintado, responsável por apresentar o novato ao grupo, reforçava o coro dos elogios, tudo sob os olhares dos dirigentes.

Estiveram no CT o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o vice de futebol José Alexandre Médicis, o diretor de futebol José Jacobson e o diretor-executivo Gustavo Oliveira. Leco foi o único a falar brevemente com os jornalistas e destacou o primeiro treino de Jardine, a quem elogiou e manteve as portas abertas para uma eventual efetivação.

O discurso, no entanto, é muito mais por polidez e confiança no trabalho que vem sendo feito na base desde 2015 - quatro títulos em um ano e meio. A ideia da diretoria segue sendo a de contratar um substituto para Bauza rapidamente e Jardine deve comandar a equipe profissional somente no domingo, às 16h, contra o Santa Cruz no Recife, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.