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Diretor explica saída de Doriva e traça perfil de técnico para 2016

Gustavo Oliveira concede entrevista no CT da Barra Funda, diz que resultados contribuíram para queda de técnico e afirma que perfil deve ser diferente do de Osorio

Em entrevista coletiva, o diretor do São Paulo, Gustavo Oliveira, explicou a demissão do técnico Doriva e descartou a possibilidade de Rogério Ceni assumir o comando da equipe.
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Um dia após demitir o técnico Doriva após apenas sete jogos no comando, o São Paulo veio a público para tentar esclarecer a decisão. O diretor-executivo Gustavo Oliveira foi quem falou sobre o assunto e apontou duas razões para a queda do comandante: a chance de vaga na Libertadores e por já estar definido que ele não continuaria em 2016.

- As razões que levaram nossa decisão pela dispensa se dão pela busca de dois objetivos: o primeiro é a vaga para a Libertadores 2016 e o segundo é acelerar o planejamento para 2016. Chegada à conclusão de que não contaríamos com ele para o ano que vem, nada mais justo que com um profissional identificado com o clube, íntegro, ele saber antes de todos, para buscarmos outro - afirmou Gustavo, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda.

Na sequência, o dirigente apontou as razões para o São Paulo ter identificado que Doriva não seria o técnico certo para 2016. Ele tinha contrato até o fim do ano que vem, mas o acordo não previa multa rescisória.


- Pela performance no curto período e as nossas observações de trabalho. Não há nada de negativo, não há nada de ruim. É um estilo de trabalho que se mostrou vitorioso e pode ser em outros clubes - definiu.

Doriva obteve duas vitórias, um empate e quatro derrotas em sete partidas. Foi contratado pelo ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou após denúncias de corrupção. No entanto, Gustavo garantiu que esse fator não pesou na decisão.

- Não pesou. Se tem algo importante que eu prezo num clube, que tem muita política, é que temos de trabalhar com meritocracia. O profissional que está aqui não está por ser amigo ou ter qualquer relação pessoal, posso assegurar que não tem. Essa é uma obsessão minha de que não haja - afirmou.

Gustavo também traçou o perfil do comandante para a temporada 2016. Ele confirmou que o São Paulo já estuda alguns nomes. Um deles é Cuca, que deve se desligar do Shandong Luneng (CHI) para retornar ao Brasil no ano que vem.

- O que queremos de perfil é que traga uma carga de perspectiva de títulos, que esteja disposto a enfrentar o momento que o clube vem enfrentando de montagem de elenco, diante das restrições financeiras de realidade do mercado - analisou Gustavo.

O dirigente também apontou certa restrição quanto à chegada de técnico estrangeiro. Não se disse contrário, mas alertou para o momento diferente que o São Paulo atravessa com relação ao período em que contratou o colombiano Juan Carlos Osorio, em junho deste ano. Dos gringos, um nome comentado é Diego Aguirre, atualmente sem clube, com passagem recente pelo Internacional.

- A gente não exclui qualquer possibilidade, nunca tivemos preferência de estrangeiro ou brasileiro. Diferentemente de alguns meses atrás, quando se confirmou o Osorio, hoje temos elenco que necessita de um corpo, que tinha lá atrás. Treinador estrangeiro tem um tempo certo, um fim certo. Não excluo, mas hoje o cenário é diferente - declarou Gustavo.

Na entrevista coletiva, o comandante do futebol do São Paulo também elogiou o coordenador técnico Milton Cruz, que comandará o time até o fim do ano, falou de reforços, da possível volta de Lugano, entre outros assuntos. Confira abaixo alguns trechos:

MILTON CRUZ
"Confiamos nele e botamos fé de que ele e o Zé Mário são profissionais capazes de nos trazer o objetivo da Libertadores. Momentos existem, temos nomes, informações, se iniciou ontem, mas ainda vamos amadurecer e debater em âmbito interno"

É CERTO QUE O TORCEDOR NÃO PODE ESPERAR MUITO EM 2016?
"Não. Quem vier tem de entender o momento do clube e ter uma proposta de trabalho que se coagule com as estratégias do clube. O objetivo primeiro do São Paulo é alcançar objetivos esportivos, nunca terá uma desculpa, temos essa responsabilidade. Olho a dificuldade, aguardo sempre o resultado"

ROGÉRIO CENI COMO TREINADOR
"É talvez o de maior história como atleta, ele está no dia a dia com a gente, participar das decisões do dia a dia no futebol, é peça importante. Para 2016, não tive conversa com o que ele tem de ambições, então não o considero, não pela capacidade, mas por não saber as ambições dele. Ele hoje é um atleta, que receberá todas as homenagens do fim de carreira"

REFORÇOS
"Nosso objetivo, com Libertadores ou sem, é buscar resultados esportivos. Hoje trabalhamos com a real possibilidade de chegar à Libertadores, então o planejamento contempla. Se isso impacta na vinda ou não de atletas, não se faz presente. É possível que façamos isso em um segundo momento, se alcançarmos"

LUGANO
"Devo te frustar na minha resposta. Vivo pedindo a meus superiores que não falem em nomes que estão por negociar, concretos. A negociação que importa é a que se concretizou"

NOVO TÉCNICO E OSORIO
"Naquele cenário de maio e junho, naquela percepção tínhamos elenco suficientemente variado que permitira a chegada de um treinador com métodos interessantes e que esse elenco suportaria. Elenco que havia sido formado desde 2013, a visão futura que não se confirmou é que necesse cenário de maio, já faria ajustes pensando em 2016 com o seu trabalho. Diferentemente daquele momento, a gente não vive aquela realidade. Um número grande de atletas saíram, atletas que tinham importância, aumentam o nível, são segurança e permitem ao treinador testar variações, essas características que se reduziram. É nesse cenário que eu tenho de analisar o novo treinador"