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Déjà vu: em empate, São Paulo volta à mediocridade dos últimos anos

Clima no Morumbi, comportamento da torcida e futebol sem eficiência devolveram ao Tricolor o lugar que tem ocupado com frequência: o dos coadjuvantes

Nene entrou bem contra o Atlético-PR, mas não  mudou o cenário (Foto: Renato Gizzi/Photo Premium)
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Você sabe o que é Déjà vu, né? Resumidamente, é aquela sensação súbita que você tem de estar vivendo algo que já viveu. Pois senti algo parecido neste sábado ao fazer a cobertura de São Paulo x Atlético-PR no Morumbi. Foi minha primeira vez trabalhando no estádio reportando as notícias do Tricolor desde que deixei o dia a dia do clube há cerca de um ano para ser setorista do Corinthians aqui pelo LANCE!. Foi como se eu nunca tivesse deixado o clube e presenciasse as mesmas cenas dos últimos anos, aquelas que flertam, para desgosto do são-paulino, com a mediocridade. 

E não que o São Paulo tenha feito uma partida de todo ruim. Teve até momentos de inspiração. Mas e também não teve nos últimos anos? Só que a imagem que fica gravada e o que gera a revolta do torcedor tão machucado é a do frio, do Morumbi vazio para só 13.053 pessoas e não 40 mil, da dificuldade do time em criar, de se impor em sua casa, de jogar como protagonista. O empate em 0 a 0 com o Furacão devolveu ao São Paulo, por um instante, o sabor que ele tem provado com frequência: o de coadjuvante.

Como já disse, estou distante do dia a dia do clube e não consigo apontar culpados para a queda de rendimento do time, que não vence há seis partidas e ganhou apenas uma das última nove, passando da liderança do Brasileiro para o risco de ficar sem Libertadores. Mas, mesmo à distância, é possível perceber que tem coisa boa sendo feita no clube, há pessoas competentes envolvidas com o projeto de recuperar o caminho dos títulos, mas há também ainda muito o que ser feito. Quem, hoje, é a referência do São Paulo, capaz de conduzir o time a uma taça? Nene? Nem o técnico, que agora já o deixa no banco, parece acreditar nisso, embora reconheça sua qualidade. Diego Souza? Sua biografia não aponta para esse sentido. Para 2019, e é bom que o São Paulo já esteja pensando nisso, é preciso conferir mais espírito vencedor a um time que não pode, com licença ao torcedor, ser chamado de "sem vontade". 

Vontade não falta ao São Paulo, mas será preciso mais para fazer o torcedor voltar a ter orgulho de ir ao estádio de ponta a ponta, sem precisar ser para ajudar o time a lutar contra o rebaixamento, por uma liderança ilusória ou por qualquer outro motivo. A razão do São Paulo tem de ser sempre aquela condizente com sua história. E não é a da mediocridade do Morumbi às moscas, com protestos e assistindo a um time que luta, mas não vence.