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Como derrota de virada para o Palmeiras sacramentou renovação de Rogério Ceni com o São Paulo

Postura do treinador em maio a um dos piores momentos do Tricolor na temporada motivou busca para extensão antecipada de vínculo para ano que vem

Rogério comemora empate com o Galo: treinador já sabia de renovação no Mineirão (Foto: Rubens Chiri/São Paulo)
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Eram 0h10 do último dia 8 quando o diretor de futebol Carlos Belmonte e o coordenador Muricy Ramalho entraram na sala de Rogério Ceni nos vestiários do Morumbi. O treinador acabara de conceder entrevista coletiva à imprensa após a goleada por 4 a 1 sobre a Universidad Católica, do Chile, pela Copa Sul-Americana. E o assunto era a renovação de contrato do treinador com o São Paulo.


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O documento assinado no último domingo (10), no hotel onde o Tricolor estava hospedado em Belo Horizonte (MG), onde acabou empatando sem gols com o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro estica o seu vínculo até o fim de 2023. Mas é meramente simbólico. Coincide com o término do mandato de Julio Casares na presidência. Mas o recado é de que Ceni fica no São Paulo o tempo que quiser.

Em conversa com o LANCE!, pessoas da cúpula são-paulina apontam que a pá de cal para Casares antecipar as conversas previstas apenas para novembro foi a maneira como Ceni contornou um dos momentos mais traumáticos da temporada: a derrota de virada por 2 a 1 para o Palmeiras, em 20 de junho, quando a equipe sofreu dois gols já nos acréscimos do rival que volta a enfrentar nesta quinta-feira (14) por uma vaga na Copa do Brasil, fora de casa.

O Tricolor apresenta um dos período mais tenebrosos, com acúmulo de jogadores contundidos, vinha sofrendo gols nos segundos tempos, onde havia uma clara queda de rendimento, e o treinador, de cabeça quente e abatido pelo resultado, jogou aos jornalistas que dependia da aprovação da diretoria para escalar os reservas no Choque-Rei de ida do principal mata-mata nacional.

Naquela semana, Ceni recebeu dois sinais que mudaram as coisas no São Paulo. O primeiro veio da diretoria. Belmonte e Muricy garantiram a autonomia ao treinador. E os líderes do elenco ignoraram o cansaço e se colocaram à disposição do maior camisa 1 da história do Morumbi contra a maior pedra no sapato atual do Tricolor.

Veio a vitória por 1 a 0 sobre o rival alviverde na ida da Copa do Brasil e o time empatou sem gols com o lanterna Juventude no Morumbi, deixando o campo sob vaias. Foi a vez de Casares se reunir com Ceni. Em uma conversa estranha ao treinador: afinal foram expostos pontos sigilos sobre o planejamento para 2023, como contratações, dispensas, vendas e orçamento. Era a senha para Ceni dos planos são-paulinos para sua permanência.

Desde então, mesmo com o Departamento Médico cheio, Ceni ganhou respaldo para escalar quem quiser no time. E o time engatou uma sequência de boas partidas, incluindo as vitórias ante a Católica e a classificação às quartas de final da Sul-Americana.

A verdade, conforme o L! apurou com fontes do clube e pessoas ligadas ao treinador, é que a permanência de Ceni no Morumbi atende todos os lados. À gestão Casares, o nome do maior ídolo da história são-paulina preenche com perfeição uma estranha equação de um tripé que move as coisas no Mais Querido entre departamento de futebol, clube social e torcida.

Para Ceni, a demonstração pública de confiança no seu perfil como treinador e uma autonomia que não tinha desde o Fortaleza são a chave para mostrar que possui sim capacidade. Por isso a renovação foi rápida e sequer teve discutida questões salariais. Apenas a manutenção da multa, um resguardo do treinador pelo que passou em Cruzeiro, Flamengo e no próprio São Paulo na primeira passagem em 2017, quando viu a então diretoria vender as principais peças do elenco e não durou sete meses no cargo.

Essas experiências levaram Ceni a adotar um tom muito mais franco em seu contato com os jornalistas, expondo com frieza as reais condições de trabalho, como no caso das piscinas do CT da Barra Funda e a indicação de profissionais para a área médica do clube em meio à crise pelo desmonte do Refis. Eram sinais que vinham desde o começo do ano, quando Casares que não contrataria jogadores em prol da recuperação financeira e o treinador reagiu publicamente. E que tiveram a condolência dos dirigentes.

Desde seu retorno, em outubro do ano passado, foram 57 jogos, 29 vitórias, 16 empates e 12 derrotas - um aproveitamento de 60,2%. Alcançou o vice-campeonato Paulista. Mais do que números, contudo, há a certeza da gestão Casares de que somente um nome como Muricy ou Telê Santana, os maiores a passarem pelo Morumbi na história, pode colocar as coisas no eixo. E no mercado, essa opção se chama Rogério Ceni.

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