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Calendário prejudica Dorival no São Paulo, mas não o exime de erros

Nesta temporada, treinador tem, em média, 3,6 dias para acertar a equipe entre cada partida. O problema, no entanto, não justifica o conservadorismo nas substituições

Treinador do São Paulo está pressionado por bons resultados e quase não tem tempo para trabalhar (Paulo Pinto / saopaulofc.net)
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O técnico Dorival Júnior ouviu gritos de burro no segundo tempo da partida contra a Ferroviária, no último domingo. A reclamação dos torcedores foi motivada pela permanência de dois volantes no time, no momento que a equipe mais precisava se lançar ao ataque. O jogo acabou empatado, o São Paulo foi vaiado e o comandante se defendeu dizendo que o meio de campo estava acertado e que o calendário do futebol brasileiro não o ajuda a desenvolver seu trabalho. 

De fato, Dorival Júnior tem razão em criticar o pouco tempo que tem para acertar a equipe. O Tricolor estreou na temporada 2018 no dia 17 de janeiro, contra o São Bento, fora de casa. De lá para cá, passaram-se 40 dias e a equipe do Morumbi fez 11 jogos, sendo cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Na prática, o São Paulo entra em campo a cada 3,6 dias. Como os treinos nos dias que sucedem as partidas são usados para a recuperação muscular dos atletas, o treinador tem, em média, apenas dois dias para acertar a equipe e corrigir os erros para o duelo seguinte. É realmente uma tarefa árdua, ainda mais lidando com a pressão por resultados no curto prazo.

- O calendário penaliza qualquer profissional que depende do dia a dia para acertar a equipe. Infelizmente, penaliza consideravelmente quem precisa destes acertos para fazer bem o seu trabalho. Futebol tem um espaço pequeno entre céu e inferno. Há uma semana, estava tudo bem. Perdemos para o Santos e desestabilizou a semana do São Paulo, disse Dorival.

Apesar das dificuldades em realizar seu trabalho à frente do Tricolor, o comandante poderia ter sido um pouco mais ousado perante a Ferroviária. No segundo tempo, o São Paulo controlava as ações em todos os setores do campo e a equipe do interior nem sequer chegou a ameaçar o Tricolor.

Por isso, as alterações (Tréllez, no lugar de Diego Souza; Paulo Boia, na vaga de Marcos Guilherme; e Nenê, na posição de Valdívia) limitaram-se em apenas colocar energia nova em campo. A equipe manteve o mesmo estilo de jogo, não demonstrou alternativas e o empate foi justo, visto o grande desempenho do sistema defensivo da Ferrinha na partida. 

Perguntado sobre os motivos que o levaram a fazer as substituições no segundo tempo, Dorival respondeu da seguinte maneira.

- Estávamos com o meio campo encaixado e infiltrando. Tanto o Petros como o Hudson faziam papel excelente, não tinha motivo para mudar ali. Precisava de um pouco mais de lado de campo, respondeu.

Para quem estava pressionando e precisando reencontrar o caminho das vitórias, manter dois volantes durante todo o segundo tempo, diante de um time que não contragolpeava, foi um erro. Prova disto foi o resultado ruim para o Tricolor, jogando ao lado de seu torcedor.