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Análise: São Paulo confirma evolução criativa, mas os gols seguem raros

Tricolor arriscou 22 finalizações contra o Santo André, bem acima de sua média de 2019, mas só conseguiu marcar na bola parada e perdeu a partida disputada no ABC<br>

São Paulo perdeu sua invencibilidade no Paulistão para o Santo André (Foto: Marcello Fim)
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O fraco São Paulo de 2019 perdia pontos e jogos porque criava pouco ou nada. O São Paulo de 2020, que ficou no 1 a 1 com o Novorizontino na segunda-feira e perdeu por 2 a 1 para o Santo André neste domingo, tem outros problemas. Os piores são a falta de pontaria e a recomposição defensiva.

A criação, por menos que o torcedor “resultadista” queira enxergar, é um dos pontos positivos do Tricolor neste início de temporada. Segundo o Footstats, o time arriscou 22 finalizações contra o Santo André, sendo dez certas e 12 erradas - a média do ano passado sob o comando de Fernando Diniz foi de 12 tentativas por jogo. Mas ainda faltam gols: foram só seis em cinco rodadas no Paulistão, sendo que o deste domingo saiu na bola parada, em falta cobrada por Daniel Alves.

As chances com a bola rolando apareceram no ABC, mas não foram convertidas. O melhor momento da equipe no primeiro tempo veio depois que Fernandinho acertou um bonito chute da entrada da área e abriu o placar para o Santo André. O campo castigado pela chuva não fez com que o São Paulo abdicasse de jogar ao seu estilo, trocando passes desde o campo de defesa, e o empate poderia ter vindo com Hernanes, Daniel Alves, Pato... Todos tiveram suas chances, sendo a melhor delas com o Profeta, que carimbou a trave de Fernando Henrique aos 12 minutos.

Um contra-ataque finalizado por Dudu Vieira alterou o placar para 2 a 0 e jogou um banho de água fria no São Paulo, que deixou de criar e ainda tomaria outro, novamente em jogada de velocidade, se Tiago Volpi não fizesse grande defesa nos pés do mesmo Dudu Vieira. A dificuldade para se organizar defensivamente neste tipo de lance, já vista em outros jogos, foi agravada pela má atuação de Arboleda, que cai de rendimento quando seu companheiro não é Bruno Alves (com trauma no pé direito, ele deu lugar a Anderson Martins).

Diniz decidiu partir para o tudo ou nada no intervalo. Colocou Igor Vinícius no lugar de Juanfran e Everton na vaga de Anderson Martins. Sem a bola, o time se posicionava com Reinaldo como zagueiro e Everton como lateral. Quando a posse era tricolor - e quase sempre era - praticamente todos atacavam. E, novamente, as chances apareceram com a bola rolando: se Vitor Bueno não tivesse finalizado tão mal após receber de Pato, o São Paulo teria feito um dos seus gols mais bonitos em anos, coletivamente falando. Pato, que cresceu com o campo mais seco, também deu bons passes para Everton e Pablo, que não concluíram bem.

O jogo terminou com os visitantes amassando os donos da casa, com direito a Tiago Volpi posicionado quase como um goleiro linha e ajudando na construção ofensiva na intermediária do Santo André (o que quase resultou em um gol de contra-ataque nos acréscimos).

O Santo André finalizou só cinco vezes em toda a partida. A preocupação do torcedor é válida, já que perder jogos em que teve muito mais posse (foram 72% a 28% neste domingo) e criou muito mais do que o adversário tem se tornado uma tônica da carreira de Fernando Diniz. O lado bom é que a equipe tem demonstrado evolução no que outrora foi seu principal defeito. Sábado que vem o teste será pesado: contra o Corinthians, às 19h, no Morumbi.