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Ainda sem parceiros, Dani Alves diz que tomaria decisões diferentes se controlasse marketing do São Paulo

Camisa 10 diz que entende dificuldades financeiras do clube e avisa que não está no Morumbi só por dinheiro. Contratação dele, à época, foi atrelada à chegada de parceiros comerciais

Daniel Alves chegou ao São Paulo em agosto de 2019 (Foto: Divulgação/São Paulo)
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Daniel Alves disse que tomaria decisões diferentes se controlasse o departamento de marketing do São Paulo, hoje chefiado pelo diretor João Fernando Rossi. Em entrevista coletiva virtual nesta terça-feira, o camisa 10 respondeu sobre o fato de, um ano após tê-lo anunciado, o clube não ter nenhum parceiro para auxiliar no pagamento de seus vencimentos.

- Não controlo o marketing do São Paulo. Se controlasse, algumas tomadas de decisão seriam diferentes, porque tenho outra ideia do que faria no meu caso e no caso de um clube desse tamanho. Mas eu foco no que está ao meu alcance - disse Daniel Alves.

O São Paulo atrelou a contratação do jogador de 36 anos à chegada de parceiros comerciais que pagassem para explorar a imagem dele e inclusive contratou uma empresa para fazer a prospecção. O clube esteve perto de assinar com a DAZN, mas a pandemia acabou atrasando as negociações. Até agora, o Tricolor está tendo que bancar sozinho os vencimentos de sua principal estrela.

A primeira parcela dos direitos de imagem de Daniel Alves, que se acumulam e são pagos semestralmente, atrasou: deveria ter sido depositada em abril e só caiu em julho, após a entrada do dinheiro da venda de Antony ao Ajax. O atleta também está precisando lidar com o corte salarial de 50% causado pela pandemia, mas não só minimizou a questão financeira em sua entrevista como disse que esse assunto não deveria vazar para a imprensa.

- Quando decidi vir, sabia dos problemas do São Paulo e sabia que teria que ter alguns parceiros, senão ia gerar certa dificuldade para o clube. Mesmo assim eu vim, sabendo de todas as dificuldades, tudo que o clube tem de problema. Apertei o "F" e vim realizar meu sonho. Acho que fui o jogador que mais deu resultado na história do futebol e que menos ganhou dinheiro, porque minhas decisões não são em função de dinheiro, são em função de sentimento.

- Os problemas internos, de relação clube-jogador, são problemas de bastidor, não podem ser expostos. Infelizmente dentro do São Paulo nem todo mundo preza pela mesma coisa, esse é o grande problema do São Paulo e da maioria dos clubes. Existem vários interesses dentro, as pessoas esperam os momentos ruins para sacar tudo o que tem de negativo dentro do clube. Eu não compro essas histórias. Sei que o clube tem problema, mas se eu tiver que resolver alguma coisa, resolvo com respeito à instituição e às pessoas que me trouxeram até aqui. Se alguém pensa de outra maneira, não posso controlar. O que está ao meu alcance é respeitar o clube, as suas dificuldades e ver até onde chega meu limite com isso - emendou Daniel Alves.

Ele disse ter sido um dos primeiros a aceitar as medidas de redução salarial durante a pandemia no elenco. O assunto gerou certo atrito com a diretoria durante a paralisação do futebol.

- O problema de finanças é do São Paulo e de todos os clubes, agora com a pandemia muito maior. Fui um dos primeiros a tentar aceitar a redução de salário, não porque as pessoas estavam desempregadas, mas simplesmente porque o meu sentimento era de que eu não podia estar falando em dinheiro enquanto estamos passando por problemas gravíssimos, pessoas morrendo.