Desde que a compra de Maicon foi selada nos últimos dias de junho, não há um dia em que a presença de Lucão nos treinos do São Paulo não seja questionada pela torcida nas redes sociais. Afinal, o zagueiro foi incluído nas negociações para compor os cerca de R$ 22 milhões que o Tricolor pagou ao Porto (POR) por Maicon, mas segue trabalhando com Edgardo Bauza.
A diretoria são-paulina explica. O acerto com os Dragões previa a cessão de 50% dos direitos econômicos de dois garotos da base tricolor, que não precisavam se apresentar imediatamente em Portugal. Em comum acordo, os nomes de Lucão e do lateral-esquerdo Inácio, ambos de 20 anos, foram escolhidos e o Porto passou a ter a responsabilidade de negociar com eles.
Inácio já aceitou a transferência e resolve as últimas pendências burocráticas para viajar à Europa. Lucão, no entanto, se mostra reticente em sair do São Paulo. Seu tio e empresário, Jefferson Silva, já demonstrou insatisfação com o caso em entrevistas recentes. E o Porto também não tem pressa, pois uma cláusula permite que o acerto com o zagueiro aconteça até junho de 2017.
Se Lucão bater o pé pela permanência no Tricolor, os clubes voltarão a conversar. Será preciso definir outro jogador para ter os direitos repassados aos portistas, que já manifestaram interesse anteriormente em Lyanco. O também zagueiro, no entanto, é uma das joias mais valorizadas pelo São Paulo, que descarta envolvê-lo nesta negociação. A decisão tem de ser bilateral.
Enquanto isso, Edgardo Bauza segue com Lucão à disposição para treinar e até mesmo relacionar para as partidas, o que não tem acontecido. O que pode fazer o cenário mudar é a ausência de Rodrigo Caio, que está com a Seleção Brasileira na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Maicon e Lugano ficam como titulares, com Lyanco no banco.