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Ainda insatisfeito e Cueva: Dorival explica 1ª vitória no Morumbi no ano

Técnico diz que São Paulo já jogou melhor na temporada, mas ressalta desgaste e confiança no camisa 10 peruano depois do 2 a 0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, neste sábado

Marcello Zambrana/AGIF;
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Logo após vencer o Botafogo de Ribeirão Preto por 2 a 0, na primeira vitória do São Paulo no Morumbi na temporada, Dorival Júnior não apareceu para dar entrevista coletiva totalmente insatisfeito. O técnico indicou ser impossível jogar bem diante da maratona de jogos neste início de temporada, mas, ao menos, sentiu-se aliviado por Cueva.

- Não tenho dúvidas de que ele foi perdoado. Todos erramos, o importante é reconhecer e ter a responsabilidade de não cometer os mesmos erros e manter postura exigida para a profissão. Diretoria foi correta, Cueva sabe isso mais do que ninguém. Serve como exemplo. Que fique tranquilo e volte a jogar nas melhores condições, focado na equipe, como sabe fazer bem. Torço para ter todos comprometidos e compromissados com o clube.

Cueva pediu para não ir a Mirassol na semana passada, porque seria reserva, e acabou vetado pela diretoria dos três últimos jogos. Foi liberado para ficar no banco neste sábado e entrou no intervalo, fazendo, de pênalti, o gol que fechou o placar, e comemorando pedindo perdão à torcida e a todos os jogadores, completando a celebração com um abraço em Dorival.

Fora a redenção do peruano, o treinador comemora mais pelos três pontos. Dorival diz que a equipe melhorou no segundo tempo, igualando o número de meio-campistas com o adversário (cinco), e afirma que, embora esteja ciente de que o Tricolor tem condições de render mais, o desgaste físico impede que ele cobre isso dos atletas neste momento.

- Estou satisfeito pelo resultado, ainda não pela produtividade. A única partida que fizemos descansados foi contra Mirassol. De lá para cá, estamos sobrecarregados. Não vou lamentar, mas é natural. Com doze dias de trabalho, com seis jogos em 16 dias, é impossível se recuperar. Como vou cobrar algo além desse grupo? - indagou Dorival, prevendo melhora para a sétima rodada, quando o time enfrenta o Ituano, depois do Carnaval.

- Não vou ficar lamentando ou lastimando a sequência, mas sabíamos que sofreríamos, por isso imaginava trabalhar com duas equipes. Em razão do primeiro resultado, mudamos. Mas, depois de quarta-feira (o São Paulo recebe o Bragantino e descansa no Carnaval), teremos semana aberta para recuperar e todos chegarem nas mesmas condições depois do Carnaval - completou.

Confira outros temas abordados por Dorival na entrevista deste sábado:

Alívio com vitória
Futebol convincente, neste início, não vejo ninguém. Fomos convincentes contra Mirassol, taticamente quase perfeitos, porque estávamos descansados. Agora, não veremos futebol convincente, é quantidade abrindo mão qualidade.

Segundo tempo
Em outras partidas, já fomos muito mais agudos, mas sem gols. Hoje, equilibramos o meio-campo. A partir daí, criamos pela nossa capacidade técnica. O Botafogo prevaleceu, marcamos distantes e tivemos dificuldades para criar. Preenchemos, fizemos o resultado, mas não foi das melhores partidas. Já jogamos muito mais, mas sem conseguir o resultado.

Comparação com elenco de 2017
É difícil falar. Falar que jogador pode produzir mais que Hernanes é difícil. Pratto é um grande jogador, não viveu momento do Atlético-MG, mas teria espaço para crescer. Minha obrigação agora é jogar com peças que temos, sabemos que tem mais recuperação do que treino e correções, e procurar aproveitar o máximo de tempo para melhorar coletivamente, já que o desgaste é evidente, não conseguimos executar muitas coisas por essa sequência absurda, mas coisas estão clareando.

Cueva e Nenê juntos
São dois grandes jogadores, mas precisamos ter disposição para tomar a bola, ser mais participativos do que no primeiro tempo. Preenchemos o meio-campo, Botafogo tinha cinco jogadores contra três nosso, isso prejudicava. Com posicionamento, interesse e determinação, se cumpre. Mesmo sendo grandes jogadores tecnicamente, precisam se doar para as funções serem desenvolvidas.

Cueva no banco
Apenas uma opção. Fiz quatro alterações e você não sabe se renderia o mesmo que eu esperava, como não aconteceu no primeiro tempo. Precisamos ter esse cuidado. Nenê foi importante, deu chegada, tem isso, e temos de acertar para atuarem juntos, com funções pontuadas para estarem ocupando o campo ofensivo, como sempre.

Valdivia
Valdivia joga pelo lado, define bem, arrasta muito nas jogadas. Características que precisávamos.

Saída de Edimar
Falei que não tiraria o Edimar da partida de quarta-feira, não com relação à partida seguinte. Edimar não provocou nenhuma situação para uma animosidade tão grande, e, às vezes, você tem de preservar. Falei na frente dele e do Reinaldo. Quando entrei no intervalo do jogo de quarta, falei que Edimar tinha a minha confiança, voltaria, jogaria na normalidade e não teria problema, com tranquilidade para atuar. Para o jogo seguinte, eu faria quatro ou cinco alterações, e uma delas seria a mudança na lateral, até porque o Reinaldo vinha trabalhando bem e forte. Mas não levo em consideração para briga de posição. Daqui duas ou três rodadas, me posiciono a respeito da definição.