Time do Rei

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Virada histórica do Santos completa 25 anos; personagens relembram

No dia 10 de dezembro de 1995, o Peixe goleou o Fluminense por 5 a 2 e se classificou à final do Brasileirão

Narciso e Marcelo Passos posam ao lado da camisa usada por Giovanni na decisão (Foto: Divulgação)
Escrito por

Um dos dias mais especiais para o torcedor do Santos completa 25 anos nesta quinta-feira (10). No dia 10 de dezembro de 1995, o Alvinegro Praiano, comandado por Giovanni, vencia o Fluminense por 5 a 2 e se classificava à final do Campeonato Brasileiro.

>> Confira aqui a tabela e simulador do Brasileirão 2020


No entanto, mais do que uma goleada, no estádio do Pacaembu, o resultado demonstrou uma das mais emblemáticas viradas da história santista, que no confronto de ida, no estádio do Maracanã, três dias antes, havia sido derrotado por 4 a 1.

Naquela partida, o Peixe tinha na defesa Narciso, um dos líderes daquele elenco, e na meia-ofensiva, o hoje supervisor do time sub-23 do Alvinegro, Marcelo Passos, autor do quinto gol daquela partida.

- Lembro até hoje o orgulho de todos da minha família e principalmente do meu pai, que faleceu no ano seguinte, o quanto ele estava feliz por eu estar fazendo parte de um momento histórico por um clube que amamos e que tivemos muitas dificuldades para chegar ao profissional depois de passar por várias categorias de base - disse Passos ao L!.

- As lembranças são as melhores possíveis, desde a chegada ao estádio, o mar de torcedores naquela ladeira a caminho do estádio, os gols, o ambiente no intervalo, quando ficamos em campo e a festa da torcida após a partida. Foi um dia fantástico para nós, atletas, e para o torcedor, que está marcado até hoje, tanto que estamos relembrando aquele momento 25 anos depois. Quando o santista fala em virada, em superação, sempre menciona aquela semifinal de 1995 - completou Narciso.

Permanência em campo no intervalo

Um dos momentos capitais daquela decisão aconteceu no intervalo de jogo, quando os atletas permaneceram no gramado, sentindo o calor dos mais de 28 mil presentes no estádio do Pacaembu - e poderia ter mais torcedores, mas o setor do Tobogã estava interditado. Muitas são as versões sobre quem seria o responsável pela decisão, mas o fato foi a importância dela para o moral do elenco, que já havia aberto 2 a 0 nos primeiros 45 minutos e precisava de mais um gol para garantir a classificação - e o tento saiu aos seis minutos da etapa final.

Para Narciso, o início dos planos de ficar no gramado se deve ao craque daquele Santos, Giovanni, que disse que marcaria dois gols no jogo - e marcou, além de dar assistência para os outros três. Já Marcelo Passos, atribuiu a ideia ao capitão Alexandre Gallo.

- A ideia de ficarmos no campo surgiu no almoço de domingo, no hotel em que estávamos concentrados. Todos sentados, almoçando e de repente o Giovanni levantou e disse que faria dois gols. O Macedo logo em seguida afirmou que marcaria um. Eu não disse que faria gol, mas garanti que grudaria no Renato Gaúcho e não deixaria ele jogar. Aí o Gallo, nosso capitão, falou que se terminássemos o primeiro tempo ganhando por 2 a 0 não iríamos descer para o vestiário - afirmou Narciso.

- Sinceramente, nosso grupo era tão unido que qualquer decisão vinda do Gallo, que na época era o capitão da equipe, seria respeitada. O que lembro é que houve uma conversa no hotel onde estávamos concentrados e, dependendo do resultado no intervalo, iríamos permanecer no campo. Aquela atitude se mostrou bastante acertada, pois atraiu mais ainda a emoção e a empolgação da torcida que foi fundamental - disse Passos.

Para Narciso, inclusive, a permanência no centro do gramado mesmo durante o intervalo do jogo, naquela decisão, foi um dos momentos mais marcantes do atleta.

- Ficar no meio de campo foi um dos momentos mais emocionantes da minha carreira. O torcedor gritando, a imprensa sem entender o que estava acontecendo e a gente eufórico, todos ansiosos para começar o segundo tempo. Não tenho a menor dúvida que aquela decisão foi determinante para conseguimos a classificação para a final - externou o zagueiro.

Na final, o Santos foi derrotado para o Botafogo, perdendo por 1 a 0 no jogo de ida, no Rio de Janeiro, e empatando em 1 a 1 a volta, no Pacaembu, no que é um dos jogos com a maior polêmica de arbitragem do futebol brasileiro, pois o árbitro mineiro Márcio Rezende de Freiras confirmou os dois gols do jogo, ambos irregulares, mas anulou o único tento legitimo da partida, anotado por Camanducaia, e que daria o título aos santistas.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini