Time do Rei

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Ex-CEO do Botafogo vê SAF do Santos como grande possibilidade de investimento

Sócios do Peixe aprovaram a alteração do Estatuto que permite a transformação em SAF

Jorge Braga vê com bons olhos a SAF do Santos (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Escrito por

Um dos principais responsáveis pela reestruturação do clube social do Botafogo em SAF e venda para um investidor profissional, o ex-CEO do clube, Jorge Braga, vê com bons olhos a possibilidade de o Santos avançar para o modelo.

No último domingo, o Santos deu um passo importante para o seu futuro após realização de Assembleia Geral Extraordinária que aprovou algumas mudanças no Estatuto e, e entre as principais, está a possibilidade de implementação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

- As SAFs de Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Bahia colocaram o produto futebol brasileiro no mapa global de investidores e viraram localmente sinônimos de profissionalização e competitividade esportiva. E o Santos é uma marca única, reconhecido e respeitado em todo o mundo. Devidamente estruturado pode ser um grande produto de investimento em 2023 - afirmou Jorge Braga.

Ainda de acordo com o ex-CEO do Botafogo, na prática o advento da lei criou uma estrutura que dá segurança jurídica e mecanismos mais eficientes de blindagem, negociação e enfrentamento das dívidas.

- Trata-se de uma 'segunda chance' para clubes endividados que queiram abandonar o modelo amador de gestão. Mas, em contrapartida aos benefícios, a Lei exige maiores responsabilidades, especialmente em relação ao rigoroso cumprimento das obrigações e total transparência na gestão do futebol para com os sócios, como por exemplo o Clube social. Quanto mais profundo e estrutural for o trabalho prévio de organização maior a atratividade e o valor de mercado da (nova) SAF - complementa Braga.

Empresário e executivo de sucesso em projetos de transformação, Jorge Braga veio do mundo corporativo com sucesso em empresas como Nextel e Claro. Conhecido por provocar choques de cultura no ambiente de trabalho, tem comprovado resultado em planejamentos estratégicos e na criação de novos negócios – também já foi conselheiro de companhias gigantes como a Citibank e a Dasa Digital. O executivo chegou a liderar uma unidade de negócios e geriu uma operação que começou praticamente do zero e faturou quase US$ 1 bilhão (de dólares).

Braga faz algumas ressalvas sobre as SAFs.

- O que não é percebido é que a SAF traz muitas vantagens, mas também muitas das obrigações do mundo corporativo para o dia-a-dia do futebol. Estamos falando de falência, responsabilidade civil, patrimonial e criminal dos sócios, que passam a ser um risco real, diferente do que acontece com associações civis (clubes) no Brasil. Na SAF a coisa fica muito mais séria - explica.

Além disso, Braga lembra que, como qualquer empresa, a SAF também pode trocar de mãos a qualquer momento.

- O 'dono atual' precisa dar satisfação e transparência aos 'donos permanentes'. Só na PL - a cada ano - quase 25% dos clubes consideram ou iniciam as negociações para venda parcial ou total para novos investidores. Operações significativas envolvendo receitas, despesas, empréstimos e negociação de jogadores, são examinados com lupa tanto pela auditoria dos clubes como pelo compliance da Liga.

Por fim, o executivo que comandou a transição do modelo de sociedade anônima no Botafogo aponta que especialmente em grupos que possuem mais de um clube, como as plataformas multiclubes, os conflitos potenciais de interesse são grandes e precisam ser controlados.

- Caso contrário o entusiasmo com o resultado em campo passa e a solidariedade no passivo fica para o clube, seus sócios e para os torcedores - finaliza.