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Dorival cria departamento no Santos e vê ‘chave do sucesso’ na tecnologia

Treinador contratou mais três profissionais de análise de desempenho em um ano e é pautado por departamento na maioria das ações. L! detalha o trabalho dos analistas

(Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
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Câmeras, computadores, mais de um aplicativo funcionando ao mesmo tempo e números e mais números, juntos de desenhos na mesa. Esta poderia ser a sala de engenheiros que criam celulares de última geração, mas é o cenário da sala dos analistas de desempenho do Santos, departamento que não existia até 2015.

Quando Dorival Júnior chegou, o Peixe tinha apenas Lucas Matheus como analista de desempenho, alguém que monitora os adversários. Atualmente, o departamento já tem quatro profissionais e está crescendo.

A ala tecnológica da comissão técnica não serve apenas para passar instruções em vídeo sobre os oponentes. Hoje, os analistas são responsáveis por moldar o esquema tático, o método de jogo, a bola parada e novas jogadas à escolha de Dorival.

– A gente faz algumas palestras para os jogadores, às vezes sobre o nosso desempenho, às vezes sobre o adversário. A gente começa a mostrar durante a semana para não ter vídeos longos e cansar – conta Leonardo Porto, contratado em 2015.

– Fazemos as análises do adversário com a tática e o individual de cada atleta. Todo jogador recebe no celular por um aplicativo todas as ações que fez no jogo – completa Lucas Matheus.

Se no começo o trabalho deles era passar vídeos sobre o adversário, hoje eles são até cobrados por jogadores, que querem saber o que fizeram de certo e errado ao fim da partida.

São eles também os responsáveis por captar imagens durante todo o jogo e preparar para o treinador um breve material para ser visto e passado para os jogadores no intervalo.

O baixo número de passes contabilizado no ano passado fez com que o treinador quisesse aumentar esse índice e, não por acaso, agora é o time que mais acerta toques de bola no Brasileirão.

E como se não bastassem todas as estatísticas possíveis, saiba que Dorival não define a escalação do Peixe enquanto não vir o relatório completo dos adversários, para decidir como colocar o estilo de jogo santista sobre pontos fracos.

Grande parte do sucesso do Peixe se deve à aos “olhos” de Dorival.

'Para nós, é uma recompensa quando vemos que algo que passamos se aplica no jogo. Trabalhamos antes, durante e depois dos jogos', Lucas Matheus, analista de desempenho

BATE-BOLA COM LEONARDO PORTO, ANALISTA DE DESEMPENHO DO SANTOS:

Por que o Dorival aumentou o departamento de análise?


O departamento ainda está em crescimento, estamos nos estruturando para melhorar. Antes era a análise do adversário, hoje isso continua forte. O Dorival utiliza bastante a análise e gosta de saber o comportamento dos adversários. Assistimos vários jogos do mesmo adversário, e o professor leva isso para o treino. Analisamos nosso time também. Revemos os jogos, avaliamos se a estratégia deu certo.

Qual a relevância do excesso de imagens no seu trabalho?

A imagem é um facilitador de todo o processo. Não adianta eu saber se o atleta não visualizar. Tem o estímulo visual, sonoro, e a prática. Abordamos tudo isso para o atleta fixar o que o professor está pedindo.

Como conseguem captar e analisar um lance no intervalo?

O Sergio Pirata fica com a filmagem e eu e o Lucas Matheus ficamos na arquibancada com tablets. Separamos os lances e mostramos no vestiário.

QUEM SÃO OS ANALISTAS DE DESEMPENHO

Leonardo Porto

Ex-auxiliar do Fortaleza, foi contratado no ano passado depois de um estágio no Santos. Atua no campo nos treinos.

Lucas Matheus

Promovido a analista em 2014, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, foi o primeiro no clube a avaliar o adversário e monta rum material em vídeo.

Sergio Pirata


Antigo funcionário da Santos TV, passou a trabalhar diretamente com a comissão técnica na captação de imagens.

Diogo Meschini

Começou como auxiliar nas categorias de base do Peixe e foi chamado para integrar a equipe de analistas do profissional depois de participar de treinos.