Time do Rei

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Em audiência, Sampaoli afirma que não cobrou investimento para permanecer no Santos

Testemunhas do Peixe contradisseram a alegação do treinador, e data para definição da sentença foi marcada para a próxima terça-feira (29)

Sampaoli treinou o Santos durante um ano e foi vice do Brasileirão (Foto: Raul Pereira/Fotoarena/Lancepress!)
Escrito por

Em audiência de instrução realizada virtualmente no dia 10 de setembro, pela 5ª Vara da Justiça do Trabalho de Santos, o técnico Jorge Sampaoli, que deixou o Peixe em dezembro e atualmente defende o Atlético-MG, negou que tivesse cobrado investimentos da diretoria santista para permanecer no clube, situação que já foi mencionada abertamente pelo presidente José Carlos Peres em algumas ocasiões.

A ideia era que na data em questão houvesse um processo de conciliação e definição da sentença, mas como não houve acordo entre as partes, o julgamento foi cancelado se restringindo apenas a escuta das partes presentes.

Na ata obtida pelo LANCE!, consta que em depoimento pessoal Sampaoli disse que compareceu a reunião com a diretoria santista no dia 9 de dezembro, onde o estafe do Alvinegro queria tratar dos trabalhos em 2020, mas o técnico afirmou que não falaria sobre o assunto enquanto as pendências referentes ao seu direito de imagem, parte do contrato de trabalho vigente e a premiação pela classificação à Copa Libertadores da América não fossem acertadas.

O argentino também alegou que Peres pediu um prazo de até 24 de dezembro para fazer o pagamento, já que receberia a verba referente ao contrato com a televisão, o que foi aceito por Sampaoli. No entanto, o treinador afirma que o presidente santista se recusou a assinar um documento prevendo a quitação na nova data, pois precisava da autorização do Comitê Gestor, que se reuniria dois dias depois.

Jorge Sampaoli concluiu dizendo que o rompimento do seu contrato aconteceu em 11 de dezembro, dia seguinte ao prazo que lhe dava direito a se desligar do Santos sem pagamento de multa rescisória, não dia 9, como comunicado oficialmente pelo clube em nota à época.

Santos contesta Sampaoli

Nesta terça-feira (22) outras testemunhas da parte do Santos, que participaram da reunião, prestaram os seus depoimentos: o gerente administrativo Fernando Volpato e a advogada Gisele Cesario Cabreira.

Volpato contradisse Sampaoli, afirmando que a conversa ficou acalorada quando os representantes santistas informaram que as multas rescisórias dos membros da comissão técnica santista persistiriam mesmo se o treinador deixassem o clube após o dia 10 de dezembro. Em sua fala há 12 dias, o técnico garantiu que não houve tratativas sobre os contratos da sua equipe, por serem independentes.

O gerente santista completou dizendo que Jorge Sampaoli direcionou ofensas ao presidente José Carlos Peres, que as respondeu, sucedendo da entrada de seguranças, que culminou no encerramento da reunião.

A fala de Volpato foi reforçada pela Drª. Gisele, que ingressou mencionou que ingressou no encontro já com ele iniciado, após o técnico apresentar uma confissão de dívida na qual ela, como representante jurídica do clube, estranhou, pois referia-se sobre a premiação quanto a classificação à Libertadores que ao seu já era previsto contratualmente. A advogada relatou que houve pedido de investimentos por parte de Sampaoli para que ele permanecesse no Santos, bem como a sua irritação quando comunicado que não haveria a queda da multa rescisória da sua comissão técnica.

O “próximo capítulo dessa novela” já tem data marcada: 29 de setembro, às 13h05, na 5ª Vara da Justiça do Trabalho de Santos. Na próxima terça-feira, está programada a audiência para definir a sentença do caso. Caso vença, o Santos poderá pleitear R$ 10 milhões ao técnico argentino, por sua saída do clube antes do encerramento do seu contrato com o Peixe. Já se o profissional for vencedor, o Alvinegro Praiano o valor da causa que deverá ser paga ao argentino é de R$ 4,9 milhões.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini