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Análise Itaú BBA vê Santos em um cenário de corda bamba

Estudo aponta a necessidade de cortar despesas e concentrar investimentos na base

O presidente Andres Rueda trabalha para colocar o Santos nos eixos (FOTO: Ivan Storti/Santos FC)
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O relatório anual do Itaú BBA sobre a situação financeira dos principais clubes brasileiros, divulgado nesta semana, apontou para um quadro de "corda bamba" para o Santos, com necessidade imediata de redução de despesas e de concentração dos investimentos nas categorias de base.

De acordo com o relatório, o Peixe teve a oitava maior receita pró-forma de 2020 (computando as premiações das competições que terminaram em 2021), com R$ 233 milhões. Em relação às dívidas, o Santos aparece na 11ª colocação, com R$ 439 milhões. O campeão de dívidas é o Atlético-MG, com R$ 1,2 bi, seguido pelo Corinthians, com R$ 916 milhões.

O estudo aponta a campanha na Copa Libertadores como único ponto positivo da temporada e destaca o aumento do endividamento, o investimento acima das possibilidades, o transferban e a falta de vendas de atletas como os pontos negativos da temporada.

Confira a conclusão do relatório:

O Santos sofreu em 2020 dois efeitos conjuntos: a pandemia, que atingiu a todos, mas também o resultado da política de depender da venda de atletas para fechar suas contas. O resultado foi um clube em situação delicada, a despeito do sucesso esportivo na Copa Libertadores.

Com relação aos efeitos da pandemia, o clube fez o que pode e podemos dizer que se saiu bem considerando aumento de receitas com Publicidade e Sócios. Não é pouca coisa. Além disso, o impacto financeiro da chegada à final da Libertadores não foi observado em 2020 mas chegou no início de 2021. O problema foi enfrentar a pandemia a partir de uma estrutura que vem se sustentando há anos à base da negociação de atletas.

Se observarmos a geração de caixa (EBITDA) recorrente dos últimos 5 anos do clube vemos que ela raramente foi muito além do equilíbrio, e em boa parte dos anos foi negativa. Quando as negociações de atletas geraram crescimento de receitas, como em 2016, 2017 e 2019, o clube não fez o dever de casa, que era reduzir dívidas e focar nos investimentos em estrutura. Ao contrário, manteve dívidas elevadas, pouco aplicou recursos em
estrutura e ainda gastou mais de R$ 200 milhões em contratações.

Mas faltou dinheiro em 2020. Foi a pandemia? Sim. Mas agravada por uma condição inicial ruim, baseada no conceito do “sempre foi feito assim”.

O Santos não tem um leque de opções se quiser sair da corda bamba intacto: precisa cortar custos e ser eficiente nos gastos, gerindo de forma eficiente a estrutura do futebol. Mas, essencialmente, priorizar o que tem de melhor, que é a estrutura das categorias de base, contando com os raios que costumam cair pelos lados da Vila Belmiro. Qualquer coisa diferente disso e tempos ainda mais difíceis virão.