Ponte Preta

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Campeão da Série B em 2016, zagueiro da Ponte Preta confia em vaga nas quartas: ‘Vamos classificar’

Em entrevista ao LANCE!, beque ex-Flamengo e Atlético-GO,  diz que duelo contra o São Bento é o 'jogo da vida', por conta das pretensões da Macaca no Campeonato Paulista

(Foto: Fabio Leoni/PontePress)
Escrito por

Na 2ª Rodada do Paulistão, a Ponte Preta foi derrotada por 5 a 2 pelo São Paulo. A goleada fez com que mudanças drásticas ocorressem na formação da equipe. Para o jogo seguinte, Kadu e Fábio Ferreira foram sacados da zaga e uma nova dupla foi escalada, com Yago, emprestado pelo Corinthians e Marllon, recém-contratado após passagem vitoriosa pelo Atlético-GO, que falou ao LANCE! sobre o seu momento em Campinas, suas pretensões e sua carreira.

Neste domingo, a Ponte Preta vai até Sorocaba para enfrentar o São Bento, às 18h30, em partida decisiva para as ambições da equipe dentro da competição.

- A gente vem de uma semana muito intensa, muito desgaste, mas é concentração total, vale classificação para a gente, sabe que vai ser um jogo difícil, pelo campeonato que é, na casa deles, mas vamos buscar a vitória, que é o mais importante. É o jogo da nossa vida - disse Marllon ao LANCE!

Apesar de ver complicar a situação de seu time no Grupo D do Paulista após deixar escapar vitória contra o Santo André, aos 45 minutos do segundo tempo, o beque confia plenamente na classificação à próxima fase do torneio.

- Nós vamos classificar, pode anotar que nós vamos classificar, vamos buscar essa classificação. Só depende da gente ganhar esses dois jogos - prometeu.

Desde que foi promovido à titularidade, são oito jogos seguidos de Marllon com a Macaca no estadual, todos eles com seu companheiro de defesa Yago. Ainda que alguns ajustes sejam necessários, a parceria já é exaltada.

- Na minha autocrítica, minha passagem tem sido boa, não tive falhas individuais, nem meu parceiro Yago, a gente está tendo falha mais no conjunto, mas eu estou vendo como um lado positivo, estamos cada dia mais firmes, mais tranquilos, acho que a gente tem muito a melhorar, mas aos poucos nós vamos nos adequando - comentou Marllon.

No meio do caminho, porém, uma eliminação traumática na Copa do Brasil, em casa, para o Cuiabá, custou o cargo de treinador para Felipe Moreira. A desclassificação abalou também o grupo, mas não a titularidade de Marllon.

- A gente ficou triste, não esperava que fosse tão rápido, trabalhou para passar de fase, para alcançar objetivos maiores na competição, mas infelizmente a gente caiu, futebol é assim mesmo, não existe mais time bobo, nós todos sentimos, é lógico que teve uma pressão da torcida, ficaram chateados, cobraram o antigo treinador, mas a gente virou a página - afirmou.

Para o lugar de Moreira, a direção da Ponte Preta colocou o técnico Brigatti como interino. A indefinição quanto ao novo treinador, no entanto, acabou por adiar a evolução da equipe, algo que parece perto de ser sanado com a chegada de Gilson Kleina.

- A gente estava há alguns jogos com treinador interino, agora com o Gilson Kleina assumindo, acho que vai dar uma acertada no time. Isso é essencial. Dá até para trabalhar igual, mas com um treinador definido é melhor para a gente, porque ajeita o time, impõe o seu trabalho, coloca do jeito que ele quer, do jeito que ele gosta de jogar, e isso vai nos ajudando - declarou.

Em 2016 Marllon foi campeão brasileiro da Série B com o Atlético-GO, onde era titular absoluto de um time sem grandes nomes, mas que vinha de uma base formada no ano anterior e que acabou brilhando na hora certa, sem os holofotes e com muito trabalho, compensado com a taça levantada ao final do campeonato.

- Pelo time que nós tínhamos, não tão conhecido assim, pela falta de confiança na gente, entre outras coisas, como folha salarial baixa, além de adversários como Bahia e Vasco, era muito difícil ser campeão. Entramos no campeonato quietinhos, com humildade, fomos comendo pelas beiradas e aos pouquinhos chegamos ao nosso objetivo. Foi muito importante para a gente não estar entre os favoritos, porque não teve pressão de nenhum lado, todo mundo unido, nossa humildade prevaleceu para que a gente pudesse buscar o título - comemorou.

A história de Marllon como profissional começou no Flamengo, onde teve sequência com Vanderlei Luxemburgo e depois, principalmente, com Joel Santana. Muito jovem, porém, teve queda de rendimento, e consequentemente perdeu espaço com outra troca de treinador. Em 2013 ficou afastado do grupo e no ano seguinte começou a ser emprestado.

- Eu poderia ter sido um pouco mais preservado, um pouco melhor preparado, mas eu não coloco culpa no clube, acho que foi mais pelo meu lado, por ter deixado cair o rendimento, o foco saiu, acho que até pela idade isso me prejudicou, mas eu poderia ter sido um pouco melhor preparado, mas também o ano do elenco não estava muito bom, então acabou sobrando para o mais fraco, digamos assim, mas é página virada, fui feliz ali no Flamengo, não tenho do que reclamar, bola para frente.

Depois de afastado no Fla, passou pelo Rio Claro, pelo Santa Cruz, pelo Capivariano e aí sim, após um bom Campeonato Paulista, chegou o Atlético-GO, onde chamou a atenção da Ponte Preta.

- Degrau por degrau, sem querer antecipar as coisas, assim as coisas estão fluindo e eu estou evoluindo. Quero fazer um grande ano, para se for o caso renovar e continuar aqui. A visibilidade é muito grande, muito bom para a gente. O Brasileiro é a competição mais importante para a gente neste ano, objetivo é se manter na elite e buscar voos mais altos. Então a gente quer se acertar até lá para fazer um bom campeonato - finalizou.

BATE-BOLA - MARLLON, ZAGUEIRO DA PONTE PRETA

Como você chegou até a Ponte?

Desde o meio do ano passado a Ponte vinha me monitorando, comunicou o interesse, mas eu deixei para optar no final da temporada, lógico que eu tinha interesse em vir pra cá desde o início. Eu escolhi a Ponte pelo clube que é, pela história que tem de revelar zagueiros, de revelar jogadores, pela estrutura, e por disputar o Campeonato Paulista, a elite do Brasil, tem a Sul-Americana, depois o Campeonato Brasileiro. Então eu escolhi por essa grandeza do clube.

Em 2015, pelo Capivariano, você jogou o Paulistão e teve certo destaque...

Pois é, às vezes pelo time você acaba não se destacando muito, mas para mim foi muito bom, porque logo em seguida eu fui para o Atlético-GO, fiquei lá em 2015 e 2016 e agora retornei para São Paulo para ser feliz novamente.

Sua passagem pelo Atlético-GO foi muito feliz também...

Muitíssimo feliz, não tenho nem do que reclamar, fui feliz até demais.

O que você sente de diferença da Série A para a Série B?

Na Série A é um jogo mais gostoso de se jogar, o clima, a atmosfera, é tudo diferente, mas se você der uma brecha, o adversário marca, na B a qualidade é um pouco menor, na A uma oportunidade é gol, é derrota, precisa ser mais eficiente, mais concentrado.