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Campeão e pai em 1996, Cléber diz: ‘Palmeiras lembrava a Seleção de 82’

Ex-jogador do Verdão também recordou o nascimento de sua filha, logo após jogo decisivo daquela campanha contra o Portuguesa, no qual foi o autor do gol da vitória palmeirense

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A vitoriosa história do Palmeiras nos anos 90 tem um personagem comum nas conquistas mais expressivas da década. Trata-se de Cléber, zagueiro que levantou sete títulos pelo clube, inclusive o Paulista de 1996, o do famoso ataque dos 102 gols. Embora o setor ofensivo tenha, evidentemente, se destacado naquela conquista, Cléber representou sua posição e anotou sete gols na campanha do título. Um deles, o segundo no jogo do título, vencido por 2 a 0 pelo Verdão contra o Santos, no Palestra Itália.

- Foram sete gols, algo improvável para um zagueiro, porque é muito gol. De vez em quando a gente vai lá e faz um ou dois no campeonato, mas tive oportunidade de fazer gols importantes em jogos decisivos, então isso marcou para mim, particularmente, e eu sou muito grato ao Palmeiras, à torcida e à equipe de maneira geral - relatou.

Um dos gols decisivos mencionados pelo zagueirão foi na partida contra a Portuguesa, no Canindé, adversário dos mais complicados daquele campeonato. Até os 17 minutos da segunda etapa o duelo estava empatado em 1 a 1, quando Cléber acertou um belo chute, indefensável e garantiu a vitória palmeirense. Aquele dia ficaria marcado para sempre na história de nosso personagem, não só por ter balançado a rede, mas também por um presente da vida.

- A minha filha Raquel, que é muito palmeirense, nasceu em 1º de maio de 1996, quando enfrentamos a Portuguesa, no Canindé e vencemos por 2 a 1. Tive a oportunidade de fazer um belo gol. Ela fica feliz desse acontecimento, que eu conto e ela já viu, eu também fico muito feliz pela lembrança e jamais vou esquecer. Eu saí daquele jogo e fui direto para o hospital - recorda.

Direto da Flórida (EUA), onde frequenta aulas de inglês e de treinador de futebol para crianças até 15 anos, Cléber falou por telefone ao LANCE!.

Qual é o seu sentimento em relação àquele título?
É maravilhoso ter feito parte daquele momento, tenho muitas lembranças daquela equipe, daquele ano, é interessante que quanto mais o tempo passa, mais as pessoas se recordam com carinho daquela equipe. Na época, quando pudemos ter a oportunidade de jogar juntos, a gente não tinha a noção de quanto isso iria repercutir.

Vocês tinham noção de que aquele time viraria aquela potência?
Nós não tínhamos essa noção, nem de que o ataque funcionaria tanto, nem de que faríamos tantos gols, nem mesmo das jogadas com dois toques na bola, lembrava muito a Seleção de 82. Na preparação a gente não tinha a mínima noção de que se tornaria uma equipe imbatível no futebol brasileiro, é uma pena que não teve sequência.

Sente a simpatia do torcedor palmeirense por aquele título?
Ah, com certeza! Pelo título e pela maneira com que o time jogava. Eu sinto o carinho de maneira geral, porque eu também tive a oportunidade de estar no Palmeiras desde 93, tive outros títulos, inclusive depois de 96, como o da Libertadores. Então, de maneira geral, o palmeirense tem um carinho muito grande por mim e eu também pelo Palmeiras.

Como era o relacionamento do grupo?
Tinha uma afinidade e uma humildade muito grandes, sem aquela questão que outras equipes têm de um querer aparecer mais do que o outro, um querer fazer o nome mais que o outro, marcar época mais que o outro, apesar de ter muitas estrelas, elas brilhavam em conjunto, não brilhavam apenas de forma individual. Existia solidariedade dentro e fora de campo, mas mais fora de campo, que era transferida para dentro, marcando história em um clube centenário como o Palmeiras.