Olhar do Porco

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Weverton conta que se inspirou em Jailson para saber esperar a vez

Goleiro admite que chegou ao Palmeiras com a expectativa de ser titular para convencer Tite a levá-lo para o Mundial e explica como se manteve focado até o momento chegar

Weverton ganhou a vaga de titular durante a pausa para a Copa do Mundo - FOTO: Cesar Greco
Escrito por

Weverton chegou ao Palmeiras com a expectativa de começar a temporada como titular e o sonho de convencer Tite a levá-lo para a Copa do Mundo. Nenhuma das duas coisas aconteceu. O ex-goleiro do Atlético-PR ficou na reserva durante todo o primeiro semestre, algumas vezes como terceira opção, e não foi chamado para ir à Rússia. Foi preciso saber esperar o momento. E ele se inspirou em um de seus concorrentes para fazer isso.

Agora, passada a parada da Copa, Weverton foi fixado por Roger Machado como dono da posição. Ele foi titular nos três amistosos de pré-temporada e nos jogos contra Santos e Atlético-MG, já pelo Brasileirão. Nesta quarta, às 19h30, contra o Fluminense, começará jogando mais uma vez no Maracanã.

- Sendo bem sincero, tudo o que conquistei antes de chegar no Palmeiras só me ajudou até chegar aqui. A partir do momento em que pisei aqui, eu era só mais um, sem história no clube. Eu não iria chegar dono da posição, tomando o lugar de todo mundo. Eu tinha que lutar muito para conquistar meu espaço, ainda mais me deparando com Jailson e Prass. Acompanhei a história do Jailson, a forma como ele chegou, o Prass também. Eles não chegaram como unanimidades, mas conquistaram espaço. Óbvio que eu queria jogar, queria começar o ano jogando para o Tite me ver, ir para a Seleção. Óbvio que esse era meu plano, mas não posso não respeitar esses dois caras e a opção do Roger - disse o camisa 21, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

- Aprendi com os dois a saber esperar, ter humildade e trabalhar, principalmente com o Jailson. Ele não chegou jogando, teve dificuldade até ganhar seu espaço por mérito. Tive oportunidade de conversar com ele muitas vezes e aprender isso. A perseverança dele, saber lutar, foi importante para mim também. Em nenhum momento desanimei ou achei que tinha que sair para jogar. Era momento de entender como funciona o clube, a torcida. Hoje entro sabendo como funciona, a pressão, como é. Agora estou bem tranquilo, até na hora de jogar me sinto mais leve, solto e tranquilo - emendou.


Weverton era figura importante do Atlético-PR, clube que defendia desde 2012 e com quem tinha contrato até maio de 2018, mas explicou que não poderia deixar passar a oportunidade de jogar no Palmeiras - mesmo que isso representasse o risco de ser reserva e perder fôlego na briga para ir à Copa. 

- Estar no Atlético não me dava 100% de garantia de estar na Copa. Quando veio a oportunidade de estar no Palmeiras, eu não tinha como perder. Tem coisas na vida que você não pode perder. Eu não tinha garantia nenhuma de ir para a Copa. Eu tinha sido sete, oito vezes convocado pelo Tite, mas nas últimas eu não estava. Claro que eu tinha o sonho, mas não acabou minha vida por não ir para a Copa. A Seleção está aí. Como estou jogando, óbvio que vou criar expectativa de novo, sonhar outra vez.

Temerosa com as condições físicas de Prass e Jailson, que sofreram lesões graves nos últimos anos, a diretoria do Palmeiras topou pagar R$ 2 milhões ao Furacão para não precisar esperar o fim do contrato de Weverton, em maio, e tê-lo já em janeiro. Outra prova da confiança que o clube deposita nele é o contrato longo, de cinco anos. Como Prass (40 anos) e Jailson (37) têm contrato somente até o fim do ano, uma nova era pode ter se iniciado no gol do Verdão.