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Palmeiras de Roger é o dono da bola e tem várias formas de colocá-la no gol

Time de Roger Machado teve 71% de posse de bola contra o Bragantino, trocou quase o triplo de passes e criou diversas chances. O gol teimava em não sair, mas o banco resolveu

Cesar Greco/Palmeiras
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O Palmeiras teve mais posse de bola que o adversário nos quatro jogos que fez em 2018, mas em nenhum deles o domínio foi tão grande quanto neste domingo, diante do Bragantino: o time de Roger Machado passou 71% do tempo com a bola, trocou quase o triplo de passes que o oponente (529 a 198) e arriscou quase o dobro de finalizações (16 a 9). Deu a lógica: vitória por 2 a 0.

Ter a bola é o primeiro passo para vencer jogos. A matemática é simples: quem está com a ela não toma gol (o Palmeiras sofreu só dois neste ano) e, teoricamente, fica mais perto de fazer. 

Mas é preciso tornar essa posse produtiva. No sábado, por exemplo, o São Paulo passou todo o segundo tempo do clássico contra o Corinthians com a bola, mas não criou mais do que duas chances na tentativa de empatar. O Palmeiras de Roger, diferente do Tricolor de Dorival, já é uma equipe cheia de alternativas ofensivas.

Lucas Lima cria por todas as partes do campo, Tchê Tchê está sempre dando opção, Dudu e Willian não guardam posição e Borja, inegavelmente mais ligado do que em 2017, tem conseguido fazer suas diagonais, trabalhar no pivô e até sair da área. 

Em Bragança Paulista, o Palmeiras usou todas essas armas em busca do gol no primeiro tempo. Não funcionou. Borja, quem diria, movimentou-se bem e fez "tudo certo", mas falhou na hora de finalizar. O time titular foi o seguinte:

Roger, então, usou um trunfo que poucos possuem no futebol brasileiro: tirou do banco de reservas um jogador com qualidade semelhante à dos titulares, mas característica diferente. Keno, velocista que tem facilidade para buscar o fundo do campo, substituiu o colombiano aos 16 minutos do segundo tempo. Willian foi para a posição de centroavante e, com mais mobilidade, tirou a referência dos zagueiros.

O gol de Keno, dois minutos depois de entrar, acabou nem saindo em uma jogada de velocidade, mas de um lance que também esteve em falta no primeiro tempo: a chegada ao fundo de um dos laterais. No caso, Michel Bastos, que fez o cruzamento para o camisa 11. O segundo gol veio após um lançamento vertical de Felipe Melo para Dudu. Mais uma arma interessante dessa equipe, que terminou o jogo com a seguinte formação:

Moisés e Guerra também entraram contra o Bragantino. Scarpa ainda nem ficou como opção no banco de reservas, mas logo dará mais uma boa dor de cabeça para Roger. Com o elenco que tem, cheio de atletas bons e características variadas, o Palmeiras tem potencial para criar situações de gol de diversas maneiras. O primeiro passo a equipe já tem conseguido dar: ter a bola.

É sempre bom lembrar: por maiores que sejam as qualidades de Santo André, Botafogo-SP, Red Bull e Bragantino, times derrotados pelo Palmeiras até aqui, há um abismo entre os clubes grandes e os pequenos nos estaduais. O primeiro teste de fogo do Verdão será no domingo que vem, contra o Santos, no Allianz Parque.