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‘Que pressão?’ Diretoria e líderes do grupo blindam Eduardo no Palmeiras

Presidente do clube deu entrevista garantindo a continuidade, e atletas trataram perguntas sobre pressão em cima do técnico como 'sem cabimento'. Foco está em jogo-chave

(Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
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A eliminação do Palmeiras no Campeonato Paulista inflamou as críticas de parte da torcida ao trabalho de Eduardo Baptista, mas a imagem que o clube tenta passar "de dentro para fora" é a de que o treinador continua prestigiado às vésperas de dois importantes jogos fora de casa pela Libertadores, contra Peñarol, quarta-feira, e Jorge Wilstermann, dia 3. A blindagem vem da diretoria e de lideranças do elenco.

Depois da vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, insuficiente para classificar o Verdão à decisão estadual, o presidente Maurício Galiotte, que não costuma conceder entrevistas após as partidas, passou pela zona mista e declarou que Eduardo Baptista "é o técnico do Palmeiras e segue até o fim do ano", quando acaba seu contrato. Jogadores como Fernando Prass e Felipe Melo trataram perguntas sobre pressão em cima do treinador como "sem cabimento".

- Que pressão? Eu não vi isso. O que aconteceu depois do jogo? A torcida criticou o Eduardo? Há críticas em todo clube. Qual clube em que não há crítica? Barcelona e Real Madrid têm crítica. O que eu vi foi apoio. É que às vezes a crítica vende mais, né? A gente tem que entender que sempre vai ser criticado quando perder, mas pelo menos quem estava no estádio apoiou desde mim até os meninos que foram cortados - disse Prass, lembrando que os torcedores alviverdes que foram ao Allianz Parque aplaudiram o time após o apito final.

A Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras, também está ao lado de Eduardo Baptista. O técnico foi muito exaltado na carta entregue por membros da torcida aos jogadores em reunião realizada na véspera do jogo contra a Ponte Preta.

- Como a gente vai criticar um cara que tem mais de 80% de vitórias? É complicado. A gente é líder de uma competição (Libertadores), fomos os melhores da outra (Paulistão) até aqui. O Eduardo mudou o esquema tático e dominamos o jogo. Ninguém vai falar da mudança do esquema tático e da ousadia do Eduardo? Ousadia, não, ousadura - emendou Felipe Melo.

O índice de Eduardo, na verdade, não chega a 80%. Mas é alto: são 13 vitórias, quatro empates e quatro derrotas na temporada, o que resulta em 68% de aproveitamento. No Campeonato Paulista, apesar da eliminação, o time que mais pontuou é o Verdão, com 34.

O discurso de presidente e jogadores tinha um outro ponto em comum: eles acreditam que a eliminação no Paulistão foi fruto de 20 ou 30 minutos de péssimo futebol no Moisés Lucarelli, onde a equipe foi derrotada pela Ponte Preta por 3 a 0. A atuação no jogo de volta, em que o Verdão dominou amplamente a posse de bola, é usada como exemplo de que a equipe já começou a reagir.

- O que a gente tinha para lamentar já lamentou. Mudamos totalmente nossa postura de um jogo para o outro, isso foi nítido. A gente ficou muito feliz pelo volume, as chances criadas. Isso mostra que passou, ficaram para trás os 20 primeiros minutos contra a Ponte. Já lamentamos, passou, e agora é pensar em uma história bacana daqui para frente - disse Jean, outro líder do grupo.

As atenções agora ficarão voltadas exclusivamente para a Copa Libertadores. Com sete pontos em três rodadas, o Palmeiras lidera o Grupo C, e está em situação tranquila neste momento. Mas tropeços diante do Peñarol (URU), quarta-feira, e do Jorge Wilstermann (BOL), na semana que vem, podem mudar o panorama e deixar o técnico bastante pressionado. Os dois jogos serão fora de casa. Os bolivianos têm seis pontos, um a menos que o Verdão, enquanto os uruguaios têm três. O Atlético Tucumán (ARG) é o lanterna, com um.