Olhar do Porco

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

‘Não sou herói e Egídio não é vilão’, diz Moisés após eliminação

Autor do gol que levou a decisão para os pênaltis, camisa 10 diz que Egídio fez um de seus melhores jogos pelo clube e foi 'homem pra caramba' ao assumir a responsabilidade

Moisés comemora seu gol contra o Barcelona com Egídio - Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Escrito por

A boa atuação de Moisés, com direito a um gol no tempo normal e outro na disputa de pênaltis, foi um dos únicos pontos positivos do jogo contra o Barcelona de Guayaquil (ECU), que eliminou o Palmeiras da Libertadores. Não à toa, o escolhido para dar entrevista coletiva nesta quinta-feira foi o camisa 10, que aproveitou a oportunidade para defender Egídio da ira da torcida. O lateral-esquerdo, sempre perseguido, errou o pênalti que encerrou a disputa e foi imediatamente ofendido pela arquibancada.

- Dentro de campo eu já pedi para a torcida parar de se manifestar contra o Egídio. O Egídio fez um grande jogo, entendo que um dos melhores dele pelo Palmeiras. Ele não estava nem entre os cinco que bateriam pênaltis, a ideia era fechar comigo, no quinto. Passou disso e o Egídio foi homem pra caramba, teve personalidade. Infelizmente o goleiro foi feliz e pegou, mas não tem culpado aqui. Não tem o Moisés herói e não tem o Egídio vilão, estão todos no mesmo barco - disse o Profeta.

- Eu quero parabenizar a torcida pelo que fez ontem, jogou com a gente os 90 minutos, uma festa impressionante. A cobrança no fim a gente entende perfeitamente, mas pedimos que não individualizem. O Egídio nos ajudou bastante. E não defendo só ele, mas também o Bruno (Henrique, que também errou sua cobrança)  e todos os outros. Agora não é momento de caçar um ou outro, tem que mostrar que é diferente. E não tenho dúvida de que o torcedor palmeirense é diferente. Gostar ou não do Egídio ou de outro é normal, mas que apoie ou pelo menos não vaie quando ele estiver dentro de campo. Se tiver que cobrar, que seja após o jogo, porque eles pagam ingresso e têm direito, mas que durante a partida eles possam nos incentivar, como têm feito em todos os jogos - acrescentou.

Logo depois da partida, Cuca defendeu Egídio dizendo que outros jogadores não estavam confiantes para bater pênalti. Imagens de TV mostram que o zagueiro Luan e o atacante Deyverson deram respostas negativas quando foram abordados pelo treinador antes do início das cobranças. Deyverson chegou a apontar para as coxas, provavelmente dizendo que sentia dores musculares no momento. Moisés também o defendeu:

- Eu até vi as imagens e não sei se ele (Deyverson) se negou a bater. O Cuca perguntou como ele estava e ele falou. Eu prefiro que o jogador seja honesto e fale o que realmente sente. Ele foi homem pra caramba. É melhor falar que não está confortável do que ir com medo e não fazer o melhor. Ontem nossos quatro batedores não estavam, Jean, Dudu, Guedes e Borja. Foram duas substituições por lesão, então o Cuca não teve a possibilidade de colocar o Jean ou o Borja, que bateriam. Quem bateu fez o seu melhor, mas dessa vez o melhor não foi suficiente - completou.

O próprio Moisés, por outro lado, está sendo exaltado pelos torcedores porque se dispôs a cobrar mesmo sentindo dores no joelho esquerdo - o mesmo que ele operou há menos de seis meses -, causadas por uma pancada sofrida durante o jogo.

- Na terça-feira todos os jogadores treinaram, e a gente teve a felicidade de, em 18 cobranças, 16 fazerem. Só dois acabaram errando. Todos estavam treinados. Na hora que acabou o jogo, estávamos sem os nossos quatro batedores. O Cuca foi procurando informações, vendo quem estava apto. Eu não bateria a princípio, por causa do joelho, mas falei "deixa que eu bato". Até por ser o quinto, tem que bater quem está com confiança. Naquele momento eu estava com moral com a torcida, tinha feito o gol, e achei que era momento de chamar responsabilidade e contribuir - completou.

O Palmeiras agora junta os cacos e busca se recuperar no Brasileirão. Domingo, às 16h, enfrenta o Vasco em Volta Redonda. A distância para o líder Corinthians é de 15 pontos.