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Ídolo? Valdivia contrasta sentimentos e reencontra o Palmeiras pela 1ª vez

Jogador do Palmeiras por sete anos ao todo, chileno lidera o Colo-Colo no confronto das quartas de final da Libertadores. Relação com o Verdão teve seus altos e baixos

Valdivia comemora a classificação contra o Corinthians, em Itaquera, em 2015 (Foto: Ari Ferreira)
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Camisa 10 do Colo-Colo (CHI), Valdivia reencontrará o Palmeiras nesta noite pela primeira vez desde a sua saída, em agosto de 2015. O meia chileno é um personagem controverso, que ainda hoje divide a torcida quando se discute seu tamanho na história alviverde.

Os que o defendem como ídolo, citam os dois títulos conquistados (Paulista de 2008 e Copa do Brasil de 2012) e a participação decisiva para evitar a queda no fim do Brasileiro de 2014. Lembram que infernizou rivais com provocações e é o estrangeiro que mais venceu pelo clube, além de que, com 241 partidas pelo Verdão, só Fernando Prass do atual elenco entrou mais vezes em campo com a camisa alviverde. Ou seja, existe uma identificação forte.

Ao mesmo tempo, há os que contestam as seguidas lesões, especialmente na segunda passagem (de 2010 a 2015). No período, o Mago jogou em menos de 44% das partidas do Palmeiras, sofreu mais contusões (19) do que fez gols (17) e acumulou polêmicas, até com a Mancha Alviverde, e na negociação frustrada com o Al Fujairah (EAU), que acabou com seu "sumiço" na Disney, em 2014.

Os altos e baixos marcaram, também, a relação com Luiz Felipe Scolari, atual técnico. Ele era o comandante do Palmeiras entre 2010 e 2012, e começou tendo problemas com Valdivia, inclusive com trocas de farpas públicas.

Mas após o sequestro que o meia e sua esposa Daniela sofreram em 2012, o apoio de Felipão fez com que os dois se reaproximassem. O abraço na comemoração dos dois no gol contra o Coritiba, na final da Copa do Brasil daquele ano, é um exemplo disso. Eles já se reencontraram quando o Colo-Colo treinou na Academia de Futebol, antes do jogo contra o Corinthians, que acabou eliminado pelos chilenos.

Tanto o clube quanto o jogador fizeram homenagens um ao outro em redes sociais. Primeiro, o Palmeiras o colocou na escalação de um time de estrangeiros no dia da imigração, depois o jogador postou uma mensagem para comemorar o aniversário de 104 anos, no dia 26 de agosto.

Claro que, como quase toda a relação, nem tudo foram flores desde sua saída. O clube foi terminar de pagar o empréstimo para seu retorno apenas no ano passado, quando o jogador também entrou com uma ação na Justiça cobrando R$ 1,5 milhão, equivalente a parte de sua comissão para voltar. 

Depois de jogar pelo Palmeiras entre 2006 e 2008, Valdivia ao voltar disse que queria atingir o tamanho de Marcos e Ademir da Guia no Verdão. Ele saiu sem conseguiu chegar a isso, mas ainda deixa saudades em muitos palmeirenses. É ídolo?