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Em luto, Palmeiras destaca ‘rivalidade sadia’ com Pelé em tempos áureos e enaltece legado do Rei

Ademir da Guia, ícone alviverde, também fez sua despedida ao Maior da História

Ademir da Guia, maior ídolo da história alviverde, também se despediu do Rei (Foto: Acervo Palmeiras)
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O Palmeiras foi mais um dos rivais do Santos a lamentar o falecimento aos 82 anos de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, por complicações de um câncer, nesta quinta-feira (29).

Por meio de suas redes sociais, o Verdão postou condolências pelo maior atleta de todos os tempos.


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A presidente do clube alviverde, Leila Pereira, também decretou luto oficial de sete dias, período no qual as bandeiras serão hasteadas no Parque Antártica.

- A Sociedade Esportiva Palmeiras reverencia a trajetória do Rei e presta condolências a seus familiares e fãs - diz o clube, em texto oficial.

Em seu site oficial, o Palmeiras relembrou a trajetória de confrontos históricos do clube contra o Santos de Pelé, entre os anos 1950 e 1960, período no qual o Alviverde ficou consolidado com o apelido de Academia por fazer frente ao time do Rei, um dos maiores da história.

Palmeiras e Pelé construíram, ao longo do tempo, uma rivalidade pautada pelo talento e pelo respeito mútuos. Durante as décadas de 1950, 60 e 70, o Verdão e o Rei do Futebol protagonizaram confrontos marcantes e momentos inesquecíveis, que engrandeceram a história do esporte no país.

No começo da carreira, Pelé contou com a ajuda de dois craques que atuaram pelo Palmeiras: Waldemar de Brito e Jair Rosa Pinto.

Atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1934 e do Verdão entre 1945 e 1946, Waldemar foi o descobridor do camisa 10, sendo o responsável por levá-lo da base do Bauru Atlético Clube ao Santos, em 1956.

Já em seus primeiros passos na Vila Belmiro, o jovem Pelé recebeu conselhos do experiente companheiro de equipe Jair, meia do Brasil na Copa de 1950 e um dos heróis do título mundial de 1951 do Palmeiras, onde atuou até 1954, antes de rumar para Santos.

Pelé enfrentou o Palmeiras pela primeira vez no dia 15 de maio de 1957. O duelo, válido pelo Torneio Rio-São Paulo, foi disputado no Pacaembu e terminou com vitória santista por 3 a 0 – o camisa 10 fez dois gols. Já a última partida em que o Verdão teve pela frente o Rei do Futebol ocorreu em 9 de setembro de 1974, também no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista, e acabou empatada em 0 a 0.

Embora tenham dominado o futebol brasileiro na década de 1960, Palmeiras e Santos disputaram apenas uma final durante a chamada Era Pelé, já que a maioria dos campeonatos era de pontos corridos. Foi em 1959, quando os clubes decidiram o Supercampeonato Paulista, assim apelidado em razão do elevado nível técnico demonstrado pelas equipes que participaram do torneio e pela necessidade de uma melhor-de-três para definir o campeão. E o Verdão levou a melhor, acabando com uma seca de títulos que perdurava havia oito anos.

A conquista do Paulista de 1959 pelo Palmeiras impediu que o Santos ganhasse cinco estaduais seguidos, alcançando um feito inédito na história da competição – o clube da Baixada, que havia se sagrado campeão em 1958, repetiria a dose em 1960, 1961 e 1962.

Aliás, de 1958 a 1969, o Santos só não conquistou o título paulista em 1959, 1963 e 1966, anos em que o Palmeiras ficou com a taça. Além disso, o Verdão impôs, em 12 de dezembro de 1965, uma das maiores derrotas sofridas pelo time alvinegro na Era Pelé: 5 a 0, no Estádio Palestra Italia – Servílio (dois), Dario (dois) e Dudu marcaram.

Pelé tinha apenas 21 anos, no início de 1962, quando foi lançado o primeiro filme sobre a sua vida. Idealizado por Fábio Cardoso, “O Rei Pelé” teve em seu elenco o próprio craque, além de atores que o interpretaram em diferentes momentos de sua trajetória dentro e fora de campo. E o adolescente Pelé foi vivido na tela grande por Luís Carlos Feijão, que atuou nas categorias de base do Palmeiras e chegou a ser jogador profissional. Feijão, que virou despachante após pendurar as chuteiras, morreu em 2011, aos 64 anos.

Uma semana depois de Pelé comemorar o seu milésimo gol na carreira, anotado no Maracanã, o Santos enfrentou o Botafogo no Parque Antarctica, no dia 26 de novembro de 1969. Antes do jogo, que terminou em empate sem gols, a diretoria do Palmeiras prestou uma homenagem ao camisa 10 santista pela façanha alcançada. O diretor de futebol José Gimenez Lopes e os jogadores Leão, Baldochi e Cabralzinho entraram em campo para entregar ao craque uma placa de prata.

Enquanto Ademir da Guia e Pelé defenderam, respectivamente, Palmeiras e Santos, o Corinthians não conquistou nenhum título de expressão. O Rei do Futebol atuou pelo time alvinegro de 1956 a 1974, quando se transferiu para os EUA; já o Divino chegou ao Verdão em 1961 e permaneceu no clube até setembro de 1977. Após se sagrar campeão estadual de 1954 (o jogo decisivo aconteceu em janeiro de 1955), o Corinthians só voltou a ganhar uma competição relevante em 13 de outubro de 1977: o Campeonato Paulista.

Palmeiras homenageia Pelé pelo milésimo gol, em 1969 (Foto: Divulgação)