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Eleição sobre vitalícios no Palmeiras termina sem quórum e em confusão

Presidente do Conselho Deliberativo do clube afirma que faltaram seis votos para que pleito dos sócios tivesse validade e rebate as acusações de que escondeu o resultado

Seraphim Del Grande rebate acusações de que escondeu o resultado da votação (Agência Palmeiras/Divulgação)
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Em meio ao fim das negociações com Jorge Sampaoli e da aceleração das conversas que podem levar à contratação de Vanderlei Luxemburgo como técnico para 2020, o sábado teve uma assembleia geral para sócios decidirem se aceitam a redução de membros vitalícios no Conselho Deliberativo do Palmeiras. Mas não houve quórum e ocorrem acusações de confusão.

Nas redes sociais, conselheiros apontaram que Serpahim Del Grande, presidente do Conselho, encerrou a votação mais cedo do que se costuma, o que ajudaria na configuração de menos votos dos que os cerca de 760 necessários para validade da assembleia, e deixou com o clube com o resultado no bolso. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Del Grande nega tudo.

- Quem comenta isso não tem o mínimo conhecimento jurídico. Quando se tem uma eleição, vai para a secretaria, que emite um comunicado que é fixado na segunda-feira para todos os associados. Na segunda-feira, estará lá fixado o resultado da eleição. Mas todos sabem que não deu quórum e que será convocada uma nova eleição - afirmou o dirigente.

- Precisa ser um infeliz, um recalcado para dizer que coloquei o resultado no bolso e fui embora. E a eleição começou às 8h e terminou às 17h, como manda o estatuto - prosseguiu, indicando que a nova assembleia ocorrerá em 18 de janeiro, com necessidade de quórum menor.

- Não deu quórum. Eram necessários 10% dos sócios em ordem, que seriam cerca de 760, e faltaram seis votos. Será convocada uma nova assembleia daqui 30 dias, por volta de 18 de janeiro. Nessa segunda assembleia, são necessários 500 votos - explicou.

O Conselho do Palmeiras hoje é dividido da seguinte forma: 300 cadeiras ao todo, sendo 152 para conselheiros eleitos, e outras 148 para vitalícios (apenas 135 destas vagas estão ocupadas). Em outubro, foram votadas duas propostas de reforma estatutária: a primeira para diminuir o número de vitalícios para 120, e a segunda, para 100. Nenhuma contou com aprovação dos conselheiros.

Ainda assim, as duas ideias de redução foram colocadas ao associado e serão votadas novamente nessa segunda assembleia, provavelmente em 18 de janeiro. Para conseguir a aprovação, é preciso de dois terços do total de votantes. Caso o número não seja atingido, o Conselho Deliberativo permanecerá com 148 cadeiras para vitalícios.

Este assunto já foi votado anteriormente, mas gerou polêmica. O Conselho brecou a primeira tentativa de diminuição dos vitalícios, e o associado teve de votar se concordava em manter a composição do órgão como é atualmente (152 +148). O sócio votou contra, mas a maioria não atingiu dois terços dos votos na ocasião.

Esperava-se que o tema voltasse a ser debatido entre os conselheiros, mas mesmo durante este imbróglio, Del Grande já convocou duas novas votações para vitalícios - dez vagas foram preenchidas desde janeiro.