Escrito por Lance!
Peça importante no esquema de Luiz Felipe Scolari, Deyverson receberá um puxão de orelha do técnico do Palmeiras. A atuação com muitos erros contra o Internacional, nessa quarta, no Allianz Parque, chamou a atenção do comandante, que não gostou do preciosismo exagerado do camisa 16.
- Sobre o Deyverson, eu vou conversar com ele. Quem sabe a titularidade não esteja deixando ele raciocinar totalmente que em algumas jogadas ele é (camisa) 9, 9, não um 8 de armação - criticou o treinador.
Além das jogadas pelo alto, uma de suas principais características, Deyverson movimentou-se para sair da área no duelo da Copa do Brasil e criou bons lances no primeiro tempo. Após o intervalo, porém, exagerou nos toques de primeira - muitos deles errados - e teve dificuldades, como em um contra-ataque com três palmeirenses contra um colorado e ele errou o toque.
De acordo com os dados do Footstats, Deyverson só ficou mais tempo com a bola no pé do que Thiago Santos, Raphael Veiga e Willian, que entraram no segundo tempo. Ainda assim, o centroavante foi o terceiro que mais perdeu posse (quatro vezes), o terceiro que mais errou passes (8 errados e 14 certos) e não deu nenhuma finalização.
- O Deyverson tem que aprender que centroavante vive de gols. Às vezes é parar a bola na área, se expor a uma trombada do zagueiro. São situações que ele não está fazendo. Está jogando muito para a equipe, dedicando-se, mas meu 9 tem que fazer algo de diferente para os que venham de trás recebam a bola. Vou conversar. Ele segura bem a bola. Não sei quem está dizendo para ele que agora joga de 8, pode ser um passarinho azul, mas eu não. É 9? É 9. Seja um 9. Vamos conversar e ver o que acontece no sábado - completou.
Deyverson ainda é o vice-artilheiro do Palmeiras em 2019, com seis gols - Gustavo Scarpa lidera, com sete. Tanto Borja quanto Arthur Cabral, outros centroavantes à disposição no elenco, não chegam a incomodá-lo na briga pela vaga de titular.
Willian, recuperado de uma lesão no joelho direito, é até visto por Felipão como uma possibilidade para o comando de ataque, mas ainda está recuperando o ritmo de jogo e seu estilo é diferente do desejado pelo técnico em um centroavante. No ano passado, o camisa 29 jogou a maior parte do tempo aberto pelo lado direito, vaga atualmente ocupada por Zé Rafael.