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Ataque mostra potencial, mas Verdão toma sustos em vitória ‘lá e cá’

Time venceu na estreia da Libertadores o Tigre (ARG) por 2 a 0, em uma atuação com mais sustos do que o necessário; após expulsão, jogo ficou, enfim, controlado na Libertadores 

Ramires, Dudu e Luiz Adriano se abraçam na vitória do Palmeiras na Libertadores (Foto: Cesar Greco)
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As boas finalizações de Luiz Adriano e Willian foram suficientes para que o Palmeiras vencesse o Tigre (ARG) por 2 a 0, na estreia do clube na Copa Libertadores, fora de casa. Com quatro jogadores móveis na frente, Vanderlei Luxemburgo apostou em um jogo "lá e cá", que gerou mais riscos do que o necessário, mas também participação decisiva nos dois gols na Argentina.

Assim como no segundo tempo do clássico com o Santos, Luxa deixou o Verdão sem um meia. Willian e Rony jogaram abertos pela direita e esquerda, respectivamente, Dudu ficou por dentro com liberdade como um segundo atacante, e Luiz Adriano mais adiantado, movimentado-se com o camisa 7.

Ainda que este esquema seja promissor, o Palmeiras ficou espaçado demais. Aos 16 minutos, isto significou uma chegada com os quatro jogadores de frente na área quando Gabriel Menino interceptou a tentativa de saída do Tigre. Em superioridade numérica, Willian tocou para Luiz Adriano fazer 1 a 0.

Com a vantagem obtida cedo, o Verdão montou-se para deixar os argentinos novamente em maus lençóis, com os jogadores de frente adiantados, aproveitando-se de lançamentos da defesa. Só que o Palmeiras acabou refém desta estratégia, sem trabalhar a bola.

A equipe com setores distantes fez o Tigre, apesar da pouca qualidade, começar a rondar a área. Foram 28 lançamentos no primeiro tempo, número exagerado e que rendeu menos perigo do que o Palmeiras poderia gerar.

A situação alviverde ficou muito melhor a partir dos 15 minutos do segundo tempo, quando Acuña foi expulso por dar uma pancada desnecessária em Rony, na área de ataque. O próprio camisa 11 poderia ter matado o jogo logo depois do cartão vermelho, mas chutou por cima, em lance sem goleiro.

Se os argentinos já tinham dificuldades com 11, tendo um a menos a tarefa se tornou ainda mais complicada. E os atacantes palmeirenses, ainda buscando entrosamento, resolveram a partida: Rony fez boa jogada e tocou para Willian marcar o segundo gol. Um lance conversado entre eles no intervalo.

- Eu combinei com o Rony. Ele tem facilidade de tirar o marcador, tanto indo para o fundo quanto trazendo para dentro. Falei que eu iria me posicionar, para neste lance ele dar o passe - resumiu Willian, ao Fox Sports.

Os quatro atacantes escalados são talentosos, mostraram que podem criar uma equipe promissora, mas ainda há muito a se corrigir no Palmeiras. Já contra o Santos, Luxemburgo viu sua equipe ficar com setores distantes demais, dependendo de bolas longas.

Tendo os atletas mais próximos, o Verdão vai aproveitar a capacidade técnica deles para tabelas, lances de ultrapassagem e também lances individuais, em velocidade. Sem a bola, o time correrá também menos riscos. Contra o Tigre, depois de escalar Ramires e Bruno Henrique jogando lado a lado, Luxemburgo teve de terminar a partida com Felipe Melo novamente no meio, para proteger melhor a defesa. Bom resultado, mas com muito a evoluir.