Olhar do Porco

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Com patrocinador como discussão, Verdão elege presidente neste sábado

Cerca de 8 mil sócios do clube definem, em votação das 8h às 17h, entre reeleger Maurício Galiotte e optar por Genaro Marino, um dos vices que romperam com o atual mandatário

Neste sábado, Genaro Marino e Maurício Galiotte concorrem à presidência do Palmeiras (Fábio Menotti/Divulgação)
Escrito por

Neste sábado, em eleição das 8h às 17h, cerca de 8 mil sócios terão direito a voto para definir entre Maurício Galiotte, atual mandatário do clube, e Genaro Marino Neto, vice-presidente que rompeu com o concorrente, quem será o presidente do Palmeiras nos próximos três anos. E o que mais se discutiu na campanha foi em relação ao patrocínio do Verdão.

Quem vencer, assume um clube com números financeiros positivos. A projeção é de que o clube tenha em 2018 a maior arrecadação de sua história, beirando os R$ 620 milhões (bem acima do orçamento para o período, que previa R$ 476 milhões). Até setembro, o balancete apresenta superávit de R$ 48 milhões, além de um patrimônio líquido positivo em R$ 77 milhões.

Mas o que se discute mais são Crefisa e a Faculdade das Américas (FAM), que patrocinam o Palmeiras desde 2015 e pagam, atualmente, R$ 78 milhões anuais só por exposição no clube. A participação política de Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, proprietários das empresas e eleitos membros do Conselho Deliberativo do clube, foi o principal motivo para a cisão dos vice-presidentes com Galiotte, gerando a chapa encabeçada por Genaro Marino Neto nas eleições neste sábado.

​Galiotte foi o primeiro vice-presidente de Paulo Nobre entre 2013 e 2016, mas acabou rompendo com o grupo do ex-presidente pouco após ser eleito exatamente por conta da presença dos patrocinadores como conselheiros. Dentro de campo, o time brigou por títulos, tanto que, se vencer o Vasco, neste domingo, no Rio de Janeiro, será campeão brasileiro com uma rodada de antecedência. Mas a política foi efervescente em sua gestão.

Diante da acusação de que Leila não poderia concorrer como conselheira, o próprio Conselho Deliberativo aprovou a eleição dela e de seu marido no órgão, referendando os votos que receberam. Também foi aprovada a mudança do mandato como presidente de dois para três anos, o que, segundo opositores, é uma manobra para permitir que Leila assuma o cargo máximo do clube na próxima eleição, em 2021.

Outro ponto de discussão que colocou Crefisa e FAM como foco foi a mudança do contrato de patrocínio. Os investimentos da parceira para contratar jogadores transformaram-se em uma dívida de R$ 120 milhões, com uma taxa mínima de juros mensais.

Galiotte, contudo, rebate que o conceito do negócio não mudou. O presidente coloca a presença da parceira como fundamental para o clube se manter como referência e pede o voto ao sócio para "dar continuidade ao que tem sido feito, ao protagonismo esportivo, o serviço no clube, a melhoria, modernidade e no projeto financeiro. É objetivo aumentar o faturamento, bater novos recordes".

Maurício Galiotte concorre na chapa 100, com os seguintes vice-presidentes: Paulo Roberto Buosi, atual diretor administrativo e pessoa muito próxima a Galiotte; Décio Perin, atual membro do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) e um dos defensores da gestão no órgão; Alexandre Zanotta, diretor jurídico, e José Eduardo Luz Caliari, atual diretor estatutário financeiro.

Genaro Marino, por sua vez, conta com o apoio de Nobre, que reapareceu nas redes sociais e em carta enviada a sócios acusando Galiotte de traição. Genaro vê os conselheiros "embriagados" pelo poder, promete Nobre próximo à sua gestão, garante ter um patrocinador que pagará ao clube "acima do mercado" e pede voto por se basear "nos pilares de 2013, da gestão que começou com o Paulo Nobre: ética, transparência, auto-sustentabilidade, confiabilidade, lealdade com o clube".

Genaro lidera a chapa 200, com os seguintes vice-presidentes: José Carlos Tomaselli, atual quarto vice-presidente e também rompido com Galiotte, Ricardo Galassi, Luis Henrique Fronterotta e Guilherme Gomes Pereira, todos diretores enquanto Nobre era presidente. Os opositores contam também com o apoio de Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges, outros atuais vice-presidentes de Maurício Galiotte.