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Belluzzo explica por que WTorre desistiu de negócio com Corinthians: ‘Queria pessoas confiáveis’

Ex-presidente do Palmeiras também falou do acordo com a Parmalat e sobre erros cometidos na temporada de 2009<br>

Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras (Foto: Reprodução)
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O ex-presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, participou do programa "Palmeiras 1, 2, 3, 4!", no canal do jornalista Paulo Massini, no YouTube, com a presença dos jornalistas Diego Iwata e William Correia.

Durante o papo, Belluzzo explicou por que a WTorre, empresa responsável pela construção e administração do Allianz Parque, desistiu de negociar antes um contrato com o Corinthians, que, na época, sonhava com seu primeiro estádio.

– Walter Torre contou que, em uma reunião no Corinthians, alguém levantou uma questão em relação ao contrato, que poderia não satisfazer o clube. Em seguida ouviu deles: ‘Não se preocupe, não respeitamos contrato’. Então, ele nos disse que queria contrato com pessoas inteiramente confiáveis – revelou.

Na sequência da conversa, o ex-dirigente comentou sobre como é, em sua visão, ocupar um cargo tão alto no futebol e elogiou o atual presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, ressaltando seu equilíbrio como principal virtude.

– Tenho muito carinho e respeito pelo Galiotte. Acho que ele tem esse estilo equilibrado, tolerante. Tolerância é uma virtude que é muito importante no Palmeiras. Clube de futebol tem uma dimensão que transforma um pouco a subjetividade dos indivíduos. É uma explosão de egos. Não se pode levar tudo pessoalmente. – declarou.

Belluzzo foi um dos principais responsáveis por firmar o acordo com a Parmalat no início da década de 90, que daria muitas conquistas ao Alviverde naquela década. Perguntado sobre o processo de aceitação da parceria pelas diversas parte envolvidas, ele citou que a o principal foco de rejeição inicial do projeto partiu da torcida organizada.

– Como o clube vinha de uma seca de títulos, o mais difícil, em relação à Parmalat, era convencer a compra do Palmeiras. Fizemos uma reunião e expliquei como seria o contrato de co-gestão. Tudo foi negociado de uma maneira razoavelmente tranquila. Não foi conflitivo como a arena (Allianz Parque). O mais difícil, na época, foi convencer a Mancha Verde de que o acordo era bom. Eles achavam que o projeto seria uma ilusão – contou.

Por fim, o ex-presidente comentou sobre a temporada de 2009, em que o Palmeiras ficou muito próximo de conquistar o título brasileiro, mas perdeu o foco durante o campeonato e acabou fora até mesmo da zona de classificação da Libertadores. Ele admitiu seus erros durante o período e confessou que acabou cedendo a certa pressão externa.

– Meu erro em 2009 foi demitir o Luxemburgo. Ele errou se envolvendo na venda do Keirrison, mas não justifica. Precisava continuar. Era muito bom com os jogadores, o time estava muito bem. Depois, o Jorginho entrou e tava indo bem, aí eu deslizei de novo. Eu sofri muita pressão. Eu encontrava na ruas pessoas pedindo o Muricy, você tem que ter resistência. Eu me dei muito bem com o Muricy no Palmeiras. Eu tenho que admitir o erro – afirmou.

Economista e professor universitário, Luiz Gonzaga Belluzzo presidiu a Sociedade Esportiva Palmeiras no biênio de 2009 a 2010. Entre críticas e elogios, foi em seu mandato que se deu a articulação para a construção da nova arena do Verdão, que é, hoje, um dos patrimônios mais valiosos e importantes do clube.