Olhar do Porco

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Análise: o Palmeiras com três zagueiros

O Verdão utilizou a formação com um trio de defesa nas últimas partidas, algo recorrente nos trabalhos anteriores de Abel Ferreira<br>

O Palmeiras tem diversas opções para a zaga em seu elenco (Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras)
Escrito por

Nas duas partidas contra o Ceará, pelas quartas de final da Copa do Brasil, e no embate contra o Goiás, a comissão técnica palmeirense testou uma formação muito utilizada por Abel Ferreira em seus outros trabalhos: o 5–4–1, com três zagueiros. Entretanto, a equipe apresentou algumas dificuldades, devido à falta de intimidade com este esquema.

Em primeiro lugar, precisamos fazer duas ressalvas: os três zagueiros foram utilizados quando os jogos da Copa do Brasil já estavam encaminhados e, por isso, havia um relaxamento. Além disso, não faremos uma crítica à ideia, mas apontaremos os problemas na execução dela. Com tempo de treinamento, é possível jogar bem de qualquer maneira.

Organização defensiva e ofensiva

Se temos um jogador a mais na linha defensiva, consequentemente teremos um atleta a menos nas linhas de meio e de frente. Para o Palmeiras, isso tem significado perda de pressão na bola, de organização defensiva e ofensiva. A marcação no meio-campo fica confusa e o time perde muitas bolas ao sair para o ataque.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

Na imagem acima, por exemplo, a linha defensiva está montada, porém o lateral-esquerdo do Ceará tem muita liberdade e, do meio para frente, somente Patrick de Paula está atrás da linha da bola. Já no frame abaixo, a saída de jogo alviverde está completamente esvaziada.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

Curiosamente, no jogo de volta na última quarta-feira (18), o 5–4–1 foi adotado aos 13′ do segundo tempo, quando Lucas Esteves entrou na ala esquerda e Mayke virou o terceiro zagueiro. Nesse momento do jogo, Lucas Lima, responsável por reter a bola e oferecer uma mínima aproximação, ainda estava em campo. Quando ele foi substituído, Gómez entrou na zaga, Mayke voltou para a lateral e Esteves foi para o meio.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)
(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

TABELA
> Confira a tabela da Libertadores e faça sua simulação

Função dos laterais em campo

Falando em Marcos Rocha, a função dos laterais muda no esquema de três zagueiros, afinal, eles se tornam alas. No entanto, ainda não está claro o que eles devem fazer. Sustentar a linha defensiva e guardar posição ou sair para caçar o ponta? Aparentemente, ninguém tem muita certeza, ainda.

Essa questão das alas, na verdade, é geral. Não houve tempo para estabelecer qualquer tipo de padrão de jogo com três zagueiros. Assim sendo, os jogadores não sabiam o que fazer. Defensivamente, a abordagem de marcação não estava bem definida, os atletas faziam perseguições aleatórias e se desorganizavam. Em fase ofensiva e em transição, não houve nenhuma aproximação e boa ocupação de espaços.

Como foi o desempenho do Palmeiras contra o Goiás?

Apesar da derrota, o Palmeiras foi melhor do que o Goiás no último sábado (21) e apresentou evolução utilizando os três zagueiros desde o início da partida, quando há mais energia e concentração. Foram 14 finalizações, sendo seis de dentro da área, enquanto o Esmeraldino arrematou somente oito vezes. Certamente, Abel dedicou maior tempo de treinamentos a essa formação, para poder implementá-la no princípio do jogo.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

Como vemos na imagem acima, a equipe apresentou maior aproximação na saída de bola, criando opções de passe pelo meio e por fora. Em contrapartida, seguimos com poucos atletas nos arredores da área, o que resulta em uma grande dificuldade de criar boas finalizações.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)
(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

Entretanto, uma dificuldade persistiu: a de pressionar em bloco. Notem como o Palmeiras ainda não encontrou a sincronia necessária para subir a marcação. Os atletas de meio e ataque agridem a saída de bola do adversário e a linha defensiva permanece recuada, gerando muito espaço para o Goiás.

(Imagem: Análise Verdão/Reprodução)

Com os treinos, tudo isso deve seguir melhorando e a formação com três zagueiros se tornará uma opção segura. Abel Ferreira tem um plano, e, para este dar certo, a equipe precisa de treinos, com o intuito de automatizar as movimentações dos atletas utilizando o esquema com o trio defensivo.