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Como o duelo entre Aírton e Diego ajudou a definir o Fla-Flu

Volante comandou o meio-campo do Fluminense e impediu maior participação do meia na partida

Aírton foi fundamental na vitória tricolor (MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)
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Antes da bola rolar pelo Fla-Flu, escrevi aqui sobre como a partida seria um duelo entre quem domina quem, por se tratar das duas equipes de maior posse no Campeonato Carioca - leia aqui -, e como essa supremacia era colocada de forma diferente entre os dois times. O Fluminense, com a participação ativa de seus zagueiros e volantes, e o Flamengo, com seus meias, principalmente Cuellar e Diego, principais passadores da equipe. E foi nessa estrutura que Fernando Diniz atacou.

Grande articulador ofensivo do Rubro-Negro, o camisa 10 foi marcado de perto pelo volante Aírton, que teve boa atuação no clássico. Com o cabeça de área em seu encalço, Diego participou bem menos do jogo do que de costume e também errou mais. Segundo jogador do Flamengo com mais passes no campeonato, perdendo apenas para o colombiano, o meia foi somente o sétimo da mais acionado na partida. Com 25 passes certos e cinco errados, teve o seu pior aproveitamento no fundamento neste Estadual (83,3%), além de ter tido o volume mais baixo de toques em um jogo como titular levando em consideração todo o Brasileiro 2018 e o Carioca 2019.

Com Diego sem espaço, o Fla não conseguiu manter a posse que vinha tendo. Menos ainda tê-la no campo de ataque. Antes com 59% de média, a equipe teve somente 38,5% de posse no clássico, muito em razão da anulação de seu principal organizador. A bola, que antes costumava girar nos pés do camisa 10, passou mais entre os laterais e zagueiros - depois de Cuellar, Renê, Rodrigo Caio, Pará e Rodolpho foram os que mais trocaram passes no Flamengo, nesta ordem -, dificultando a imposição do Flamengo em seu campo de ataque.

O efeito disso na equipe de Abel Braga foi uma procura maior pelos lados do campo, como bem mostra o comparativo abaixo entre os mapas de calor das duas equipes. Algo que não é comum no time, principalmente na transição de jogo. Sem domínio, o Rubro-Negro apostou em contra-ataques e ligações diretas para tentar chegar à vitória. Sem sucesso. Foram 36 lançamentos do Flamengo - seu recorde no Carioca - contra apenas 16 do Fluminense. Somente 11 foram conectados.

À esquerda, o mapa de calor do Flamengo. À direita, o Fluminense. Imagem mostra bem como o Tricolor conseguiu dominar as ações no meio-campo e o Fla pouco criou pelo setor, buscando quase sempre os corredores, mas sem conseguir manter a posse na intermediária ofensiva por muito tempo (Footstats)

O gol da vitória do time comandado por Fernando Diniz acabou saindo num cruzamento de Yonny González para Luciano, premiando a movimentação constante dos homens de frente do Tricolor. Porém, ele nasceu de uma pressão no meio-campo onde Arrascaeta acabou errando o passe. Aconteceu com o uruguaio, aos 47 minutos do segundo, mas poderia ter sido com Diego, que já havia deixado o gramado. A imposição do Flu no setor já vinha desde o início e foi decisiva para o triunfo tricolor.