Supervisionado porRodrigo Fajardo Mendes,
Dia 25/08/2025
20:40
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A disputa pelo título mundial de surfe de 2025 começa oficialmente nesta terça-feira (26) às 16h (horário de Brasília) e vai até o dia 4 de setembro, com a abertura da janela de competição do WSL Finals em Cloudbreak, Fiji. A decisão do título mundial de surfe terá transmissão ao vivo para o Brasil pela World Surf League (WSL) que vai transmitir gratuitamente em seus canais oficiais, como o site WorldSurfLeague.com, o aplicativo WSL e o canal no YouTube.

WSL Finals 2025 será em Cloudbreak, Fiji (Foto: Divulgação/ WSL Brasil)

Yago Dora, dono da lycra amarela - símbolo usado pelo surfista que está em primeiro lugar no ranking mundial - sabe que "só" precisará vencer uma rodada. Apesar disso, entende o grande nível dos adversários que ainda poderão passar pelo seu caminho.

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Análise dos adversários de Yago Dora

Em seu último ano no circuito, já que em 2026 a decisão será por pontos corridos, a etapa da "WSL Finals" terá um formato diferente na atual temporada. A competição, então, acontecerá em forma de mata-mata a partir da sua posição do ranking.

Bateria 1: 5º lugar x 4º lugar
Bateria 2: 3º lugar x vencedor da bateria 1
Bateria 3: 2º lugar x vencedor da bateria 2
Bateria final: 1º lugar x vencedor da bateria 3

Com essa a mudança, Yago só precisará se preocupar em vencer uma bateria na etapa, enquanto Ítalo disputará pelo menos quatro rodadas antes do sonhado bicampeonato. A vantagem do líder, no entanto, não assegura o título do brasileiro, que conhece bem todos os possíveis adversários.

— Principalmente nessa onda, né, tem o Jack (Robinson, 4º), que é especialista em tubos, o Griffin (Colapinto, 3º), que também venceu aqui no ano passado. O Jordy (Smith, 2º) também é um cara que surfa muito bem nessas ondas pesadas, né? Então a competição é difícil, né, de qualquer maneira — comentou Dora.

E, de fato, o nível dos concorrentes promete tornar o desafio ainda mais acirrado. O sul-africano Jordy Smith, de 37 anos, é o mais experiente do grupo e chega à Califórnia embalado por um grande ano, com vitórias em El Salvador e Margaret River. Duas vezes vice-campeão mundial, ele busca, mais do que nunca, o título inédito que escapou por pouco em outras temporadas.

Logo atrás dele no ranking, o norte-americano Griffin Colapinto, de 27 anos, disputa o Finals pelo terceiro ano consecutivo. Consistente ao longo da temporada, o californiano garantiu sua vaga com vice-campeonatos em Margaret River, no Rio Pro e em Teahupo’o, resultado que selou sua classificação. Griffin, inclusive, venceu nesta mesma praia no ano passado e conhece, como poucos, as características da famosa "Cloudbreak".

O australiano Jack Robinson, também com 27 anos, é outro nome que pode surpreender. Especialista em ondas pesadas e considerado um dos melhores tube riders do circuito, ele chega embalado por conquistas expressivas em Bells Beach e no Tahiti Pro, este último com uma vitória decisiva que garantiu sua presença na etapa final.

Fechando o Top 5 está o potiguar Ítalo Ferreira, de 31 anos, campeão mundial em 2019 e dono do ouro olímpico nos Jogos de Tóquio 2020. O brasileiro começou a temporada com vitória em Abu Dhabi e retorna ao Finals pela terceira vez na carreira, disposto a recuperar o topo do mundo. Apesar de largar de trás, Ítalo carrega a experiência, a garra e o histórico de atuações memoráveis, o que faz dele um adversário perigoso em qualquer condição.

No centro de tudo isso está Yago Dora, de 29 anos, vivendo a melhor fase da carreira. Atual número 1 do ranking, ele conquistou vitórias marcantes em Portugal e Trestles, além de um vice-campeonato em Jeffreys Bay. Pela primeira vez na liderança da classificação geral, o catarinense chega com a prestigiada lycra amarela, símbolo do surfista a ser batido. A vantagem é real, mas o desafio promete ser dos maiores, e o título mundial pode ser decidido por detalhes.

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