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Seleção de judô volta a treinar no Brasil e foca em desafio na Hungria

Próximo torneio dos brasileiros é o Grand Slam de Budapeste, marcado para ocorrer entre 23 e 25 de outubro. Equipe encerrou período de treinamentos em Pindamonhangaba (SP)

Larissa Pimenta (52kg) e Jéssica Lima (57kg) treinam no dojô de Pinda. Foto: Lara Monsores/CBJ
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Depois de quase três meses de treinos em Portugal pela Missão Europa do COB, a Seleção Brasileira de judô retornou ao Brasil no último dia 27, descansou por uma semana e já voltou a se reapresentar para outro período de mais dez dias de treinos. Desta vez, a atividade foi em solo brasileiro, em Pindamonhangaba, São Paulo.

Os judocas receberam a confirmação de realização do Grand Slam de Budapeste nos dias 23, 24 e 25 de outubro. Dessa forma, além de dar oportunidade aos atletas que não estavam conseguindo treinar em seus clubes no Brasil, o treinamento serviu para intensificar a preparação da equipe já com foco em competição.

- Com a reabertura das competições, começando por Budapeste, a gente consegue trabalhar para dar um pouquinho mais de ritmo de treino aos atletas. O grupo é bastante heterogêneo. Alguns ainda não estavam fazendo treinamento com contato e outros numa outra fase já treinando normalmente. O treinamento foi bastante produtivo e acredito que o pessoal que vai para Budapeste já vai com um ritmo bem melhor - avaliou o coordenador da seleção masculina, Luiz Shinohara.

- São dez dias de concentração e não é um formato pensando em manutenção. Quando as atletas foram para Portugal, não havia uma previsão de volta do calendário da FIJ. Mas, agora está "startando". Então, o treinamento é todo voltado para as próximas competições, que serão o Grand Slam de Budapeste e o Campeonato Pan-Americano - complementa Rosicleia Campos, coordenadora da Seleção feminina.

Se a satisfação pela retomada dos treinamentos já era grande, com a notícia do retorno das competições a motivação dos atletas ficou ainda maior.

- É muito diferente. Até então, a gente ficava na expectativa. Agora já está confirmado. Então, o treino muda, agora tem um foco. Começou de novo a corrida para a Olimpíada - projetou Maria Suelen Altheman.

O Grand Slam de Budapeste distribuirá até mil pontos no ranking mundial classificatório para os Jogos Olímpicos. A convocação da Seleção será divulgada na próxima segunda-feira, após os atletas passarem pelos dois testes para COVID-19 exigidos pela organização do evento antes do embarque.

Para viabilizar o treinamento de campo, que reuniu 52 judocas brasileiros no Hotel Colonial Plaza do dia 5 ao dia 15 de outubro, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) executou uma complexa operação logística visando garantir condições seguras de treino aos atletas, replicando nessa concentração alguns dos protocolos adotados pelo COB na Missão Europa.

- Coimbra eu diria que já é uma cidade bolha. Foram só 20 casos e nenhuma morte por COVID lá. Mas todos os protocolos que lá utilizaram e que nos permitiram permanecer lá por quase três meses foram importantes para a gente pensar em como utilizar aqui, já que a gente não tem uma cidade bolha, a gente tem um espaço nosso que está sendo tratado de uma forma bastante diferenciada. Todos os atletas, para entrarem aqui, fizeram o teste de PCR, ficaram 24 horas nos seus quartos e só após os resultados foram liberados. Não tivemos nenhum resultado positivo para COVID-19 - explicou Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ.

Para reduzir a concentração de pessoas em cada ambiente, a Seleção foi divida em quatro grupos, de 10 a 16 atletas, no máximo. A rotina seguiu um rodízio no qual os grupos não se encontraram em nenhum ambiente. Enquanto uma parte estava no tatame, outra estava na musculação, na fisioterapia e até os horários das refeições obedeceram escalas para cada grupo.

Além dos protocolos habituais, como a limpeza das mãos, dos pés, dos aparelhos e do tatame com álcool, utilização de máscaras e aferição de temperatura, a estrutura física do hotel também precisou ser adaptada.

- O Hotel Colonial Plaza é uma estrutura que já utilizamos há alguns anos e, depois desse momento difícil para todos, foi um grande parceiro, atendendo às necessidades da seleção nesse momento. A área de arquitetura do COB também esteve aqui para fazer as alterações necessárias, como maior ventilação no dojô, no restaurante, na fisio, além da estrutura provisória que montamos para abrigar a sala de musculação na quadra de tênis com ótima circulação de ar - detalhou Ney Wilson.

A CBJ trouxe para esse treinamento parte dos judocas que estiveram em Coimbra e também diversos atletas que não integraram a Missão Europa, como a peso-pesado Maria Suelen Altheman (+73kg), atual número 5 do ranking mundial.

- É sempre bom estar de volta com a Seleção. A gente é uma família. Eu estava sentindo falta de estar junto com as meninas, com a comissão técnica, essa rotina de treino, descanso, alimentação, tudo no mesmo lugar - pontuou Suelen, que conseguiu manter seus treinos em uma estrutura própria durante a quarentena e, por isso, optou por não ir a Portugal.

Para alguns atletas, por outro lado, o treinamento de campo com a Seleção foi, de fato, um retorno às atividades em alto nível, já que a maioria dos clubes no Brasil ainda enfrentam restrições para treinos com contato em seus protocolos internos.

- É muito importante, nesta fase, a gente conseguir estar treinando no nível que estamos treinando. A Confederação está disponibilizando toda a estrutura. E é muito bom, não só estar no tatame, mas estar de volta com a galera, aquela resenha mesmo à distância cumprindo os protocolos. Estou muito feliz de estar de volta - comemorou o peso Leve Marcelo Contini (73kg), que também não esteve com a equipe em Coimbra.