Amigos, tudo bem? Espero que sim, apesar das manifestações muito severas desse inverno brasileiro que está apenas começando. Mas se no Brasil é esse o quadro climático, nos Estados Unidos o calor está nas alturas, exatamente como o nível em que estamos na Meyer Shank Racing em termos de entusiasmo, após o final de semana grandioso vivido pela equipe nos estados de New York e Wisconsin, nas provas disputadas em Watkins Glen e Road America, respectivamente.
➡️ Papo com Helio Castroneves: confira todas as colunas
Aliás, dia desses, um jornalista me perguntou se eu fico mais feliz vencendo como piloto ou como dono de equipe. Foi uma pergunta interessante porque eu nunca tinha pensado nisso, para ser bem honesto. Para falar a verdade, fico tão feliz nessas ocasiões que nem sei diferenciar uma da outra. Acho que é a mesma alegria, mas que apenas se manifesta de maneira bem particular, de acordo com o cenário. Como piloto, vocês sabem, corro para o alambrado, mas o dono de equipe prefere ter uma postura mais contida para preservar o protagonismo dos pilotos. Acho que a diferença está aí.
Como já havia acontecido antes, cada estrutura da Meyer Shank Racing estava num lugar. Enquanto a sexta etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship estava acontecendo em Watkins Glen, a oitava prova do calendário do NTT IndyCar Series visitava Road America. Distante um do outro, cerca de 1.300 km, os dois circuitos fazem parte da história do automobilismo com seus traçados exigentes, pertencentes à chamada velha escola. Sei do que estou dizendo, pois são pistas sensacionais.
Eu já havia comemorado aqui a vitória grandiosa obtida pelos pilotos do Acura ARX-06 #93, o Renger van der Zande e o Nick Yelloly, em Detroit. Agora foi a vez do Tom Blomqvist e do Colin Braun, com o #60, darem o show, dominando a Sahlen’s Six Hours of the Glen. Com o resultado, eles subiram para P6 no campeonato. Já o Renger e o Nick, P6 na corrida, estão em 3º na classificação.
Primeiro pódio para equipe
Em Road America, a comemoração foi por força de nossos dois pilotos, o Felix Rosenqvist e o Marcus Armstrong, terem cumprido outra jornada incrível, cabendo ao Felix conquistar P2 com o Dallara Honda #60 e garantir o primeiro pódio para a equipe, desde a minha vitória na Indy 500 de 2021. O Marcus colocou o #66 lá na frente também, chegando em P5. Com essa performance, estamos nas posições 4 e 11 no campeonato, respectivamente.
Nos dois campeonatos, nosso desempenho ascendente está bem sólido e com perspectivas de muito mais até o final do ano. Na IndyCar, estamos muito próximos de obter a segunda vitória da equipe, o que me daria a satisfação de vencer também como dono de equipe. Seria demais! Faltando ainda oito provas para o desfecho da temporada, nosso próximo desafio para romper essa marca será em Mid-Ohio, no dia 6 de julho.
Como vocês percebem, o que não falta é entusiasmo para mim nas duas funções. Em julho, as provas da Stock Car Pro voltarão com força total e eu, novamente, vou com tudo, pois quero ser um “rookie” a vencer na temporada de estreia.
Abração a todos, protejam-se do frio e até semana que bem.
Papo com Helio Castroneves: veja mais colunas
Todas às sextas, acompanhe os relatos e as análises do piloto Helio Castroneves sobre as principais competições automobilísticas no Brasil e no mundo.
➡️Depois do Velopark, o novo desafio é conhecer o Velocitta
➡️ Ainda não tenho um carro para vencer, mas falta pouco para isso
➡️ Começa com força total a preparação para a 109ª Indy 500