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Nairo Quintana renasce das cinzas e vence a etapa da Volta da França

Colombiano, que vinha fracassando, ganha de lavada uma das etapas mais duras e volta a ter chance de título restando três eventos para o fim. Alaphilippe segue na liderança geral

O colombiano Nairo Quintana, enfim, reagiu na Volta da França (Foto: MARCO BERTORELLO / AFP)
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Após passar 17 etapas praticamente como figurante e uma das maiores decepções da edição 2019 da Volta da França, o colombiano Nairo Quintana, capitão da Movistar, deu o ar da graça na etapa desta quinta-feira. O astro colombiano se posicionou no pelotão que puxou a fuga, fez um ataque quando restavam 25km, na subida da última montanha (Col du Galibier), abrindo grande distância e mantendo a vantagem na descida dos quilômetros finais. Venceu com 5h34m15, colocando 1m34s para o segundo colocado, Romain Bardet (francês da Ag2R), e 2m31s para o terceiro, o cazaque Alexey Lutsenko, da Astana.

O mais importante para Quintana é que ele, que entrou na etapa a mais de 9m para o líder, conseguiu tirar mais de cinco minutos de frente e passa a ocupar o sétimo lugar geral, a 3m54s do Camisa Amarela.

- As coisas não andavam como queria, mas segui adiante trabalhando muito e sabia que esta quinta-feira poderia ser um grande dia. A estratégia finalmente deu certo e ganhei uma etapa emocionante. Só quero agradecer todo o apoio que recebo nos bons e nos maus momentos - disse Quintana, que venceu uma etapa no Tour de France pela terceira vez.

Outros dois grandes vencedores do dia foram o líder Julian Alaphillipe e o colombiano Egan Bernal.

Alaphilippe lidera

Do francês que vem liderando o Tour era especulado que ele poderia ficar até cinco minutos atrás dos seus rivais mais próximos da classificação geral. Mas não foi isso que aconteceu. Praticamente nenhum deles conseguiu se desgarrar e acompanhar Quintana e todos ficaram no mesmo grupo que chegou 5 minutos atrás do colombiano. Assim, Alaphilippe conseguiu manter-se como Camisa Amarela, com a liderança geral. O momento decisivo aconteceu quando seus rivais diretos conseguiram abrir pequena vantagem na parte final da última montanha. Mas com uma insana aceleração na descida, o francês conseguiu buscar esse grupo, chegando junto com Geraint Thomas (britânico da Ineos) e Thibau Pinot (francês da FDJ).

- A disputa segue fisicamente dura, mas mentalmente estou motivado. Quero seguir lutando pela amarela - disse Alaphilippe.

Bernal se aproxima

Do Top10 da classificação geral que iniciou a prova, Bernal foi o único que se desgarrou desse pelotão que continha o Camisa Amarela. Ele fez um ataque no topo do Col du Galibier, manteve 30s de frente para o grupo formado por  Thomas/Pinot/Alaphilippe e assumiu a segunda colocação no geral, 1m30s atrás do líder e cinco segundos à frente de Geraint Thomas, seu companheiro de equipe.

A prova desta sexta-feira ganha ares de decisão antecipada. Será entre Saint-Jean e Tignes, com 126km. Extremamente dura e, diferentemente de quinta-feira, com chegada em montanha e não em descida. Isso indica vitória para montanhistas clássicos, como é o caso de Egan Bernal e de Nairo Quintana.

Resta saber se Quintana será capaz de repetir uma atuação top de linha por dois dias seguidos (o que é muito pouco comum) ou se Bernal voltará a conseguir desgarrar-se do pelotão e tirar mais um pouco de tempo do líder geral Alaphilippe.

O líder improvável (Alaphilippe não é um ciclista cotado para vencer grandes provas pois não é especialista em montanha, o que determina os favoritos em grandes Voltas) tentará seguir surpreendendo. O certo é que a edição atual está totalmente aberta, restando três etapas, e é melhor dos últimos anos.