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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/09/2017
12:59
Atualizado em 05/09/2017
14:24
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A Polícia Federal confirmou nesta terça-feira que apreendeu dois carros e um total de R$ 480 mil em espécie, dividido em cinco tipos de moedas, na casa de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, na Zona Sul da capital fluminense. No montante, há notas de Real, Dólar, Euro, Libra e Francos Suíços.

O Ministério Público diz que existem "fortes indícios" de que o carioca tenha atuado como interlocutor entre empresários e dirigentes esportivos para compra de votos na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos. O cartola presta depoimento nesta tarde na sede da Polícia Federal.

Foi pedida a apreensão de todos os seus passaportes, bem como a proibição de sua saída do país.

A parceria entre Brasil e França na investigação deve resultar em novas prisões nos próximos meses, de acordo com a Polícia Federal. As autoridades sabem que Nuzman realizou viagens a países, dentre eles da África, e acredita que os encontros podem ter servido para amarrar o esquema. 

- Atrelar a imagem do Brasil a casos de corrupção como se o país não fosse capaz de ganhar a sede dos Jogos por suas belezas e capacidade afeta a honra do povo brasileiro. Estamos pedido o bloqueio dos bens dos envolvidos a título de danos morais - disse a procuradora do MPF, Fabiana Schneider.

O delegado da Polícia Federal, Antonio Beaubrun, disse que a análise de todo o material deverá levar em torno de dois meses. Ele foi questionado especificamente sobre Nuzman, uma vez que o brasileiro seria o responsável por unir as pontas do esquema, mas as autoridades afirmaram que, no momento, não há elementos para a sua prisão.

–  A força-tarefa do Rio de Janeiro está muito robusta nessa análise e poderá levar outros elementos, que neste momento ainda não nos foi permitido levar à prisão – disse Beaubrun.

Até o momento, o MPF pediu as prisões de Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, o "Rei Arthur", e de Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia dele. Ambos são acusados de lavar parte do dinheiro do esquema criminoso no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, além de contas nos Estados Unidos e Antigua e Barbuda.

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