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Governo limita gastos de entidades esportivas com salários de dirigentes

Limite para custeio de despesas administrativas para quem recebe recursos das loterias passa a ser padronizado em 25%. COB sofrerá redução de 5% em relação ao que gasta hoje

COB. CPB e confederações terão de respeitar um limite para suas despesas administrativas (Divulgação)
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Uma portaria do Ministério do Esporte publicada no Diário oficial da União desta segunda-feira e que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2018 estabeleceu parâmetros para o uso de recursos públicos em despesas administrativas por entidades ligadas à gestão do esporte brasileiro, como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).

Um dos objetivos do texto é criar limites para a remuneração de profissionais com recursos públicos. A portaria estabelece o teto fixado para o Poder Executivo federal. Isso deve valer tanto para dirigentes das entidades e confederações quanto para profissionais por eles contratados, inclusive os de âmbito técnico-esportivo. Caso tenha interesse, a entidade pode complementar as remunerações, quando julgar necessário e adequado, com recursos privados.

Conforme o LANCE! mostrou na última sexta-feira, o COB mantém um grupo de dirigentes com rendimentos superiores a R$ 37 mil. O teto estabelecido para o funcionalismo público, pago a ministros do Supremo Tribunal Federal, é de R$ 33.763.

Em comparação com a Portaria nº1 de 2014, o limite para custeio de despesas administrativas pelas entidades com recursos das loterias passa a ser padronizado em 25%. Isso significa que vai de 30% para 25%, nos casos de COB e CPB, e sobe de 20% para 25%, no caso do CBC.

O texto também se refere ao caso de descentralização de recursos, quando COB, CPB e CBC fazem repasses para entidades filiadas ou vinculadas, como confederações esportivas. Nesses casos, o custeio de despesas administrativas fica limitado a 20% do valor total nas entidades ligadas ao COB, 10%¨no caso do CBC, 20% no caso de CBDE e CBDU e de 30 a 40% no caso do CPB - isso porque o esporte paralímpico conta com confederações que agregam várias modalidades.

A consequência esperada é o aumento no emprego de recursos federais com a "ponta", ou seja, o atleta, e a redução de investimentos públicos empregados em atividades meio e despesas administrativas. Cálculos iniciais apontam que os recursos direcionados para as atividades fim devem ter um acréscimo de pelo menos R$ 10 milhões.

– A portaria é mais uma ação do ministério para estabelecer melhores práticas de governança no esporte brasileiro. Temos percorrido esse caminho e colhido frutos, como o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo COB e a prestação de contas ao Conselho Nacional do Esporte dos recursos da Lei Agnelo-Piva descentralizados pelos comitês – disse o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.

O texto da portaria entende como despesas administrativas uma série de rubricas, como pagamento de impostos, contribuições sociais, pagamento de hospedagem, diárias, passagens, transporte e alimentação, contratação de consultorias, manutenção de equipamentos, aluguel de sedes, serviços de segurança, lavanderia, telefone, água e tv a cabo, entre outros.

Outro ponto importante da portaria diz respeito à necessidade de que COB, CPB e CBC utilizem o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV) para descentralizar os recursos públicos.

A medida garante maior transparência e controle às descentralizações, o que agilizará os procedimentos de prestação de contas. Além disso, haverá economia de recursos, já que o sistema é gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, evitando custos com serviços de tecnologia da informação por parte dos três comitês.