Mais Esportes

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Dívida de R$ 17,25 milhões faz nova gestão da CBDA traçar plano

Em coletiva realizada nesta terça-feira, dirigentes expõem situação financeira: ‘Na parte esportiva vamos muito bem, na financeira muito mal e a governança horrorosa’<br>

Luiz Fernando Coelho assumiu presidência da Confederação (Foto: Divulgação/CBDA)
Escrito por

Luiz Fernando Coelho assumiu a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e pretende recuperar a situação financeira. Nesta terça-feira, os novos responsáveis pela CBDA, que assumiram o comando há 29 dias após a destituição do presidente Miguel Cagnoni em Assembleia Geral Extraordinária, apresentaram o panorama de recuperação. Segundo apresentado, a dívida total chega em torno de R$ 17,25 milhões.

- Assumimos há 29 dias e nesse período tivemos a oportunidade de ver tudo que está acontecendo, na parte administrativa e esportiva. O plano mostra que a entidade é gigante e temos chance de sair do buraco a médio prazo. Na parte esportiva vamos muito bem, na financeira muito mal e a governança é horrorosa - comentou Renato Cordani, diretor geral da CBDA.

Para se ter uma ideia, no ciclo que antecedeu aos Jogos do Rio, em 2016, o faturamento da CBDA passava dos R$ 50 milhões. Já no ciclo seguinte, o atual, caiu para R$ 12 milhões e atualmente está em R$ 6 milhões.

Da dívida total de R$ 17,25 milhões, R$ 7,75 milhões se referem a glosas entre 2015 e 2017, R$ 2 milhões são de multa dos Correios, R$ 4 milhões de dívidas não pagas para PJs e R$ 3,5 milhões de risco trabalhista.

- A CBDA tinha 70 funcionários, hoje tem 11. Tivemos de mandar quatro embora recentemente. Nossa folha salarial é de R$ 80 mil, mais R$ 57 mil de impostos. O custo mensal é de R$ 218 mil, mas temos um déficit operacional mensal de R$ 76 mil. Isso porque ainda estamos em sistema de home office- continuou.

Para tentar sair dessa situação, uma das soluções foi montar uma equipe de pessoas notáveis e que estão dispostas a trabalhar, neste primeiro momento, de graça para ajudar a levantar a entidade. Entre elas estão dois ex-atletas ilustres, Ricardo Prado e Djan Madruga, dois medalhistas olímpicos na natação.

A CBDA estipulou metas específicas para cada período de tempo. A curto prazo o foco será na sobrevivência financeira e em melhorar a governança e transparência. Já a médio prazo, a ideia é ter uma redução significativa da dívida, atrair parceiros e patrocinadores, e modernizar o estatuto. E a longo prazo, para um período de três ou quatro anos, é sanar todas as dívidas, alcançar o superávit operacional e aprimorar o investimento na base, entre outras coisas.

Mesmo assim, para os Jogos de Tóquio, os dirigentes se mostram otimistas para que seus esportes (natação, maratona aquática, saltos ornamentais, nado artístico e polo aquático) tenham sucesso em 2020.

A entidade se afundou em dívidas nas últimas duas gestões. O ex-presidente Coaracy Nunes foi recentemente condenado à prisão, acusado de desvio de recursos. O quadro piorou ainda mais com Cagnoni.