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Canelo bate ‘GGG’ na ‘luta do ano’ no Boxe e é o novo campeão dos médios

Os pugilistas, que empataram em 2017, fizeram na madrugada deste domingo, em Las Vegas, luta espetacular. No fim, Saúl Canelo põs fim à invencibilidade de Golovkin

Golovkin (à direita) voltou a enfrentar Canelo, mas desta vez o cazaque saiu derrotado (Foto: AFP/AL BELLO)
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O mexicano Saúl "Canelo Álvarez", contra os prognósticos que indicavam a sua derrota, é o novo campeão dos pesos médios do Boxe. O mexicano venceu no início da madrugada deste domingo, o tira-teima contra o então dono dos principais cinturões da categoria e invicto Gennady "GGG" Golovkin, do Cazaquistão,  após uma luta espetacular em Las Vegas (EUA), decidida por pontos: um juiz - Gen Feldman - deu empate de 114 a 114. Os outros dois (Dave Moretti e Steve Wesfeld) deram a vitória a Canelo por margem mínima: ambos por 115 a 113.

Com o triunfo, Canelo acumula 50 vitórias, um empate (contra GGG) e uma derrota (para Floyd Mayweather). Golovkin agora tem um cartel de 38 vitórias, um empate (com Canelo) e uma derrota (para Canelo).

A luta

Provavelmente o segundo duelo entre os dois grandes pugilistas entrará para a história como um dos mais sensacionais deste século. Os lutadores partiram para a briga desde o início, trocando golpes violentos e ocorreu uma quase ausência de clinches nos 12 rounds. Canelo, mesmo com o supercílio aberto no quarto round, foi ligeiramente melhor do que Golovkin no início, pois deu mais golpes certeiros. Bastante machucado, Golovkin teve o supercílio aberto no sétimo round e passou a ser ainda mais agressivo a partir daí.

A luta era frenética e ficou ainda mais sensacional nos três últimos rounds. Como era impossível saber quem estava levando a melhor, os pugilistas resolveram largar qualquer cautela e partiram para a ação, com diretos e jabs que levantaram o público. Se a plateia (cheia de vips, como LeBron James e o ator/rapper Will Smith já aplaudiam os rivais ao fim de cada round,  passaram a ovacioná-los.

No fim do duelo os dois pugilistas se abraçaram, o que não era esperado, tamanha a rivalidade e animosidade construída nos últimos meses. E eles aguardaram a decisão dos juízes.

Se na luta do ano passado, cada um teve um voto favorável de um juiz e a terceira deu empate - decisão polêmica, pois Golovkin foi amplamente superior - desta vez ficou a sensação de que a decisão favorável a Canelo não foi injusta.

E fica a questão: a luta de 2017 foi considerada a melhor do ano passado. O que dizer do duelo que terminou na manhã de ontem, que foi ainda mais fantástica?  E haverá uma negra em 2019?

Entenda a rivalidade

Canelo e GGG são considerados os melhores pugilistas em atividade. Canelo, que era campeão dos médios ligeiros (ou supermédio para AMB e CMB) até perder para "Money" Mayweather,  optou em subir de categoria para se contrapor a Golovkin, o supercampeão dos médios e que vencera todas as suas lutas profissionais.

O duelo foi marcado para agosto de 2017 e deu o empate polêmico citado acima. GGG aceitou o tira-teima, inicialmente marcado para maio. Só que Canelo pegou uma punição, pois o antidoping apontou o uso de substância proibida (Clembuterol, um termogênico para queimar gordura e aumentar a adrenalina). Ele alegou ter comido carne contaminada, mas acabou punido com suspensão por seis meses, o que empurrou a luta para a noite deste sábado.

Nesse meio tempo GGG declarou que Canelo só era bom porque usava "drogas proibidas". E o bate-boca entre os dois ganhou proporções gigantescas, a ponto de um não conseguir ficar frente a frente com o outro. Outro fator que pegava era a questão da bolsa. Por ser mais popular e midiático, Canelo (famoso por ter a língua ferina) tanto na primeira quanto na segunda luta teve uma bolsa muito maior (70% a 30%), fato que Golovkin - que afinal de contas era o campeão das principais associações (AMB e CMB) - não engolia.