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Associação cobra Conmebol e critica ‘torcedores digitais’ nos gramados

"Sugerimos que seja normatizada", diz trecho da carta da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo enviada à entidade máxima sul-americana

Influencer com colete de imprensa acompanha Pedro durante comemoração de gol (Foto: Reprodução/Twitter)
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A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp) emitiu nesta quinta-feira uma carta à Confederação Sul-americana de futebol (Conmebol) sobre a presença de influenciadores digitais vestindo coletes de imprensa em jogos da Libertadores.

A Aceesp criticou a atuação livre dos influenciadores ao passo que a imprensa tem cada vez o seu trabalho limitado. A entidade cobra ainda uma normatização clara sobre a atuação dos profissionais e afirma que são "torcedores dentro de campo".

- São os chamados torcedores digitais, que, sem temor algum, gravam vídeos abraçando jogadores e comemorando gols, como se estivessem na arquibancada. Ou seja: são torcedores dentro de campo, oficializados pela competição - diz trecho da nota (íntegra ao fim deste texto).

A reclamação ocorre dois dias após o duelo entre Flamengo e Corinthians, em que uma cena curiosa marcou a vitória da equipe rubro-negra. Após Pedro anotar o gol que deu a classificação ao Fla, o atleta foi acompanhado pelo influencer Negrete durante a comemoração.

- Radialistas, que desde o século passado fazem esse trabalho com profissionalismo e competência, são retirados do entorno do gramado sob o argumento de se “limpar a imagem” do campo; mas é permitida essa nova modalidade de divulgação do evento - adiciona a nota.

A Conmebol ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Assim que o fizer, esta reportagem será atualizada.

Veja a carta na íntegra da ACEESP:

Prezados Senhores,

Temos visto, repetidamente, nos jogos da Copa Conmebol Libertadores, a presença de pessoas no entorno do gramado vestidas com coletes de imprensa da competição como se fossem profissionais trabalhando, e não são. São os chamados torcedores digitais, que, sem temor algum, gravam vídeos abraçando jogadores e comemorando gols, como se estivessem na arquibancada. Ou seja: são torcedores dentro de campo, oficializados pela competição.

A imprensa credenciada (jornalistas, radialistas, fotógrafos, cinegrafistas) segue normas rígidas de comportamento nos estádios, sobretudo os que precisam acessar o campo (os das emissoras detentoras de direitos), não podendo fazer imagens para redes sociais particulares. No entanto, torcedores digitais o fazem e se orgulham de exibir as imagens que deveriam ser de uso exclusivo dos detentores de direitos.

Radialistas, que desde o século passado fazem esse trabalho com profissionalismo e competência, são retirados do entorno do gramado sob o argumento de se “limpar a imagem” do campo; mas é permitida essa nova modalidade de divulgação do evento.

Caso essa nova modalidade de torcedores digitais se estabeleça, sugerimos que ela seja normatizada e os convidados sejam identificados com coletes específicos. Precisamos dessa diferenciação para que esses convidados não sejam confundidos com os profissionais de imprensa credenciados.

Em nome da crônica esportiva brasileira, pedimos providências e aguardamos pronunciamento da Conmebol.