O saque é a primeira jogada de um ponto no vôlei e pode ser muito mais estratégico do que parece. Escolher o tipo de saque adequado para cada momento de uma partida de voleibol pode desestabilizar a recepção do adversário, gerar pontos diretos ou dificultar a organização ofensiva do outro time. Por isso, dominar os diferentes estilos de saque é essencial para qualquer jogador. O Lance! explica os quatro tipos de saques no vôlei.
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Na prática, existem quatro principais tipos de saque no vôlei: o saque por baixo, o saque flutuante, o saque viagem e o saque lateral. Cada um apresenta características próprias, variações técnicas e níveis distintos de dificuldade. Alguns são mais comuns em categorias de base, enquanto outros predominam no alto rendimento.
Além da técnica, fatores como posição do jogo, nível do adversário, estado físico do sacador e até o clima (no caso do vôlei de praia) podem influenciar na escolha do tipo de saque. É por isso que jogadores de elite costumam treinar todos os tipos, mesmo que utilizem apenas dois com mais frequência.
Neste conteúdo, explicamos detalhadamente cada tipo de saque no vôlei, destacando suas principais características, vantagens, dificuldades e situações em que são mais utilizados. Ideal para atletas, treinadores e fãs que querem entender mais sobre o fundamento que inicia toda jogada.
Os quatro tipos de saques no vôlei
Saque por baixo
O saque por baixo é o mais simples e comumente usado por iniciantes, especialmente em categorias de base e na iniciação esportiva. Nele, o jogador segura a bola com uma das mãos e golpeia por baixo com a outra, sem lançá-la ao ar.
- Fácil execução e controle
- Pouca força e velocidade
- Ideal para jogos recreativos e treinos técnicos
- Raramente utilizado em nível profissional
Embora seja tecnicamente mais fácil, o saque por baixo não costuma ser eficaz em jogos de alto nível, pois facilita a recepção do adversário.
Saque flutuante
O saque flutuante é um dos mais utilizados no vôlei moderno. O jogador lança a bola com uma das mãos e golpeia com a outra de forma reta, sem rotação, fazendo com que a bola flutue de forma imprevisível no ar.
- Bola sem rotação (efeito “flutuante”)
- Difícil de prever e de passar
- Pode ser feito com ou sem salto (saltando, é mais agressivo)
- Usado para quebrar o passe do adversário com precisão
É uma arma tática muito eficiente, especialmente em momentos em que se busca quebrar o ritmo do adversário sem correr grandes riscos.
Saque viagem (ou viagem ao fundo do mar)
O saque viagem é o mais potente dos quatro. É realizado com salto, giro corporal e golpe forte na bola, que adquire alta velocidade e rotação.
- Potência máxima, ideal para buscar o ace
- Maior risco de erro se mal executado
- Requer força, coordenação e técnica apurada
- Muito utilizado por opostos e ponteiros no vôlei profissional
É comum em jogos internacionais e na Superliga, sendo o tipo preferido por atletas de elite que apostam na agressividade para tirar a bola da linha de recepção.
Saque lateral
O saque lateral foi muito comum nas décadas passadas, mas hoje caiu em desuso. Nele, o jogador posiciona-se lateralmente em relação à rede e golpeia a bola com um movimento semelhante ao de um arremesso de beisebol.
- Estilo antigo, raramente usado hoje
- Exige coordenação entre tronco e braço
- Pouco eficiente comparado ao flutuante e ao viagem
- Pode ser utilizado de forma alternativa em categorias de base
Apesar de ser considerado tecnicamente curioso, o saque lateral tem pouco espaço no vôlei atual por conta da sua menor efetividade.
Qual é o saque mais usado no vôlei atual?
Nos níveis mais altos de competição, o saque mais utilizado é o viagem, pela sua força e capacidade de marcar pontos diretos. Em segundo lugar, aparece o flutuante, valorizado por sua precisão e dificuldade de recepção. Já o saque por baixo e o lateral são quase exclusivos de contextos recreativos e categorias de formação.