A Puma vive uma crise interna e isso não é novidade. O fato recente no meio das fornecedoras de material esportivo é a possibilidade de uma fusão com a Adidas. Caso venha a ocorrer, o mercado viveria praticamente uma era de monopólio.
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Tudo começou no final da semana passada quando Roy Adams, fundador e da empresa de investimentos Metronuclear, sugeriu que era uma boa ideia. A declaração foi dada ao jornal alemão Handelsblatt (as duas empresas citadas foram fundadas no país europeu).
- Se a administração não conseguir reverter a situação, uma fusão com a Adidas é a melhor alternativa - afirmou o dirigente.
A partir da declaração, as ações da Puma, que vinham em baixa, se valorizaram nas últimas segunda e terça-feira. O mercado se empolgou, ao menos de início, porque se trata de duas das três maiores companhias do mercado. Mesmo que uma delas esteja em crise.
A crise
A família francesa Pinault, que detém 29% das ações da Puma, está fazendo contatos para avaliar possíveis compradores. Esse movimento, revelado pela Bloomberg, é tratado pelo Groupe Artémis, que é quem lida com as negociações. Ocorre que a Artémis controla a Kering, que enfrenta um verdadeiro escrutínio dos demais investidores por conta das dívidas. E tais valores devidos se deram para diversificar os investimentos da Kering.
A Artémis adquiriu participação na Puma em 2018, após reorganização no portfólio da Kering. Mas naquele mesmo ano houve uma mudança de rumo nos objetivos da empresa, e a Kering passou a ser um conglomerado de luxo.
São possíveis investidores da Puma empresas de materiais esportivos como Anta Sports Products e Li Ning Co. A família Pinault também sondou outras empresas do ramo nos Estados Unidos e fundos do Oriente Médio.
No mundo
O mercado de fornecedoras de material esportivo está amplamente dominado por apenas três empresas. É o que aponta um levantamento da consultoria Sponsorlytix. De acordo com a publicação, Nike, Adidas e Puma, juntas, fazem 87,4% dos investimentos do tipo em equipes. Isso em todo o planeta. Os dados são relativos a este ano.
Posição Marca Valor investido
1º Nike US$ 1,6 bilhão
2º Adidas US$ 1,3 bilhão
3º Puma US$ 700 milhões
4º Under Armour US$ 150 milhões
5º New Balance US$ 90 milhões
6º Macron US$ 80 milhões
7º Joma US$ 60 milhões
8º Kappa US$ 60 milhões
9º Hummel US$ 40 milhões
10º Umbro US$ 40 milhões