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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 11/10/2021
19:40
Atualizado em 12/10/2021
07:00
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O último brilho de Luiz Felipe Scolari foi o título do Campeonato Brasileiro de 2018 pelo Palmeiras, mesmo ano em que levou o time até as semifinais da Copa Libertadores. Depois, a queda foi brusca. A ponto de percorrer a Série B com o Cruzeiro e deixar o Grêmio na zona de rebaixamento.

Coincidência ou não, Felipão tentou novamente se colocar como técnico de elite ao mesmo tempo que treinadores estrangeiros começaram a desembarcar - e se destacar por aqui. E aí não é só uma questão de resultado, mas, sobretudo, de método, conceito de jogo, estratégias, processos.

Felipão é um dos maiores da história do futebol brasileiro, e este posto é incontestável. Mas as suas glórias são cada vez mais distantes e o treinador nunca deu sinais de que pretendia se atualizar para se manter competitivo.

Seja por teimosia ou falta de vontade, Felipão ficou para trás. E suas fórmulas
só sobrevivem hoje em tiros muito curtos ou em situações aleatórias. Quem contrata Felipão hoje não espera uma revolução. Apenas se agarra em uma mística vencedora que a cada temporada vai se tornando menos perceptível.

Mesmo aos 72 anos, só Scolari pode cravar o momento de aposentar a prancheta, até porque grandes clubes continuam lhe oferecendo contratos. Mas o scolarismo, que um dia foi sinônimo de sucesso, hoje é um termo envelhecido e até mesmo usado em tom de chacota.

Felipão merece o respeito construído por seus próprios feitos, mas vem perdendo a luta para não se tornar obsoleto.

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