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Sem propor o jogo, Paraná justifica que usa contra-ataque devido às peças do elenco

Claudinei Oliveira comentou que os atletas do meio para o ataque são rápidos e não podem receber bola nas costas

Claudinei Oliveira não gostou de ver a diretoria dando palpite em seu esquema tático. (Giuliano Gomes/PR PRESS)
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Após o empate por 0 a 0 diante do Atlético-GO nesta terça-feira, na Vila Capanema, o Paraná estacionou na tabela da Série B por ser a terceira igualdade consecutiva. Vaiada ao fim da partida, a equipe paranista mostrou que dificilmente conseguirá tomar as iniciativas dos duelos mesmo jogando em seus domínios.

Atuando em casa e poucos mais de seis mil pagantes, o Tricolor teve dificuldades em propôr o jogo. Com jogadores rápidos, o time foi formado no início do ano para explorar o contra-ataque. O time atua em linha baixa com um bloco de aproximadamente 35 metros, buscando tomar a bola e, com transição aguda, explorar a velocidade de seus atletas.

Contra o vice-líder e sem seis titulares, o técnico Claudinei Oliveira atuou com cinco atletas no meio-campo e, mesmo tendo maioria na região em tese, seguiu sem saber o que fazer com a posse de bola (56%) e não criou nada na primeira etapa. No intervalo, com as lesões de Anderson Uchôa e Válber, o comandante foi obrigado a mudar.

O treinador paranista deslocou Diego Tavares para a lateral-direita, puxou o polivalente Leandro Silva para sair da ala e atuar como volante , além de colocar o meia Murilo e o atacante Robert, tendo dois centroavantes de referência ao lado de Lúcio Flávio. O desempenho melhorou inicialmente. 

Mapa de calor paranista como time centralizado, mas com pouca transição no último terço do campo. (Reprodução/Footstats)

- Eu jogo com as armas que a gente tem. Jogamos com intensidade o tempo inteiro e estamos sujeitos às lesões. Perdemos seis titulares. Achei que tinha que fazer essas substituições, tenho minhas convicções e escalo o que temos de melhor para o jogo - comentou.

Tanto que, aos 5 minutos do segundo tempo, o time paranista teve a primeira e única chance clara na partida. Murilo lançou Diego Tavares pela direita, que cruzou para trás e Lúcio Flávio, na corrida, bateu forte para boa defesa do goleiro do Dragão.

- Infelizmente a bola não entrou, o goleiro fez uma bela defesa naquele chute. É seguir trabalhando, temos jogos importantes pela frente e tentar voltar a vencer - lamentou o camisa 9, que sofre com a falta de oportunidades claras neste Campeonato Brasileiro.

A partir daí, o Dragão voltou a encaixar seu sistema defensivo e, ocupando bem os espaços, neutralizou as ações ofensivas da equipe da casa. O Paraná ainda chegou duas vezes com Robert dentro da área, mas o atacante errou o chute perto da linha do pênalti na primeira e errou a cabeçada na segunda, mostrando clara falta de ritmo de jogo.

Criticado pela diretoria, que pede que o time se comporte como "time grande" e vá "para cima do adversário", Oliveira justificou que atua dessa forma pelas características de seus atletas. Nesta semana, provando sua tese, mais um jogador de velocidade chegou: o atacante Henrique, do Atlético-MG e emprestado ao Bahia, que teve boa passagem na Vila Capanema no ano
passado. 

Quando conseguiu a transição rápida, Paraná apareceu com quatro jogadores bem distribuídos no último terço: Lúcio Flávio chutou em cima de Marcos. (Reprodução/PFC)

- Enfrentamos uma equipe bem armada, posicionada e temos dificuldades para propor o jogo. Nossos jogadores são de transição, rápidos e velocistas. Apenas Válber cadencia mais. Faltou terminar a jogada, fazer o cruzamento, chutar de média distância. Infelizmente criamos pouco e é um resultado ruim - complementou.

Mesmo sem falar diretamente, o técnico tricolor demonstrou que há divergência entre sua opinião e do gerente e futebol, Durval Lara Ribeiro. O discurso da coletiva deixou claro que os dois pensam de forma diferente tanto taticamente quanto na qualidade do elenco. Enquanto Oliveira sabe das limitações e trabalha dentro do que tem, Vavá já falou que o grupo paranista não fica abaixo dos times do torneio, além de criticar o jeito que a equipe se comporta em campo.

- Não sei o que passa na cabeça de cada um. Eu falei, anteriormente, a realidade. Não vamos atropelar e sim lutar. Temos condições de subir, mas sem facilidade e lutando muito. Não temos elenco para isso (vencer fácil) e não estou reclamando com a diretoria. Acredito que podemos subir, jogo a jogo. Estamos procurando qualificar o elenco dentro da realidade financeira. Não vendo sonho para o torcedor. Vamos lutar para subir, com uma equipe organizada - afirmou.

Na próxima rodada, o Paraná encara o Náutico, às 16h, na Arena Pernambuco, pela oitava rodada da Série B. Com 10 pontos, o Tricolor é o décimo primeiro colocado no torneio.