Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Técnico de rival do São Paulo na Copinha, Reinaldo enaltece amigo Alex e entra na luta contra o racismo

Ex-jogador comanda o Perilima, da Paraíba, que enfrenta o Tricolor neste sábado, às 21h30, em São Caetano do Sul. Reinaldo falou sobre reencontro com o São Paulo 

Reinaldo enfrentará o amigo Alex neste sábado pela Copa São Paulo de Futebol Junior (Foto: Arquivo Pessoal)
Escrito por

O confronto entre São Paulo e Perilima-PB, pela Copa São Paulo de Futebol Junior, será especial para Reinaldo. O ex-jogador, que passou pelo São Paulo entre 2001 e 2003, comanda o clube paraibano que enfrentará o Tricolor,  dirigido por Alex. O Perilima perdeu a primeira partida para o São Caetano por 2 a 1 e busca um resultado positivo diante do Tricolor para se recuperar. 


Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Reinaldo falou sobre o reencontro com o São Paulo, sua amizade com Alex e da luta contra o racismo no futebol brasileiro. 

Expectativa do Perilima para o jogo
- A expectativa é a melhor possível. Estamos na segunda participação do Perilima na história da Copinha, então você jogar contra um gigante que é o São Paulo, serve de motivação para todo mundo, tanto da comissão técnica quanto dos atletas. Uma honra reencontrar o torcedor são-paulino, vai ser emocionante pela história que eu tenho lá. Mas agora sou profissional, então vou procurar orientar o máximo meus atletas, sabendo da dificuldade desse jogo, mas temos que estar preparados.

Pressão da torcida do São Paulo
- A torcida do São Paulo é uma torcida apaixonada. Tive o prazer de jogar um ano e meio no clube, vai ser um prazer reencontrar o torcedor são-paulino novamente. É uma torcida que faz pressão, canta o tempo todo. Mas espero que meus jogadores estejam preparados para esse momento, faz parte de mim também, preparar eles mentalmente para saber separar. A emoção é de todo mundo, todo jogador sonha com esse momento de um dia jogar contra o São Paulo e um dia quem sabe vestir a camisa do Tricolor. Isso que vou passar para eles, uma oportunidade única de jogar contra o São Paulo. Precisamos estar focados para manter nossa estratégia.

Relação com Alex
- Vai ser emocionante (reencontrar o Alex). Joguei com ele no Flamengo, o Alex é um cara que vem me ajudando muito nessa profissão. Quando ele era jogador, já tinha um perfil para ser treinador. Tenho certeza que ele vai ser um excelente treinador e será difícil esse jogo contra ele. Um aprendizado, poder reencontrar com ele, dar um abraço, conversar depois do jogo. Mas ali na partida, a gente sabe que cada um defende o seu lado. Ele tem tudo para ser um dos grandes treinadores do futebol brasileiro.

'Com certeza a gente sabe que existe (racismo no futebol). Estou muito preparado e motivado para se juntar a Roger, a Marcão, outros treinadores negros, para abrir portas do futebol ao pessoal da nossa raça'

Gol de placa de Alex contra o São Paulo
- Um dos gols mais bonitos da carreira dele eu estava presenciando (risos). Foi uma obra de arte, apesar de ser contra a minha equipe, depois que você olha na televisão, você vê como foi bonito aquele gol. O Alex era um jogador diferenciado, fazia gol de tudo quanto é jeito. Infelizmente, para nós foi contra o São Paulo naquele jogo do Morumbi. Um dos gols mais bonitos da história do futebol brasileiro.

Experiência como jogador pode ajudar como treinador
- É um pontapé inicial, mas primeiro tenho que dar um conselho para quem está começando. O cara tem que se qualificar, buscar conhecimento, estudar, ir atrás dos cursos. É extremamente diferente. Não adianta você querer ser treinador de forma empírica: 'ah, eu parei de jogar, joguei em time grande, joguei em time pequeno e vou ser treinador'. Desta forma, o cara não vai conseguir no futebol atual. Precisa buscar conhecimento, parte teórica, buscar estágios nos clubes... Aí sim, poder agregar com o tempo de carreira, dez anos, vinte anos. Aí acredito que pode ser diferencial. 

Racismo no futebol
- Com certeza a gente sabe que existe. É uma oportunidade de junto com outros treinadores negros do futebol brasileiro, quebrar esse racismo. O ideal é não ter racismo em nenhuma hipótese, de forma alguma. Acho isso muito difícil de aturar, qualquer tipo de racismo eu sou contra. Falando do futebol, eu estou muito preparado e motivado para se juntar a Roger, a Marcão, outros treinadores negros, para abrir portas do futebol ao pessoal da nossa raça.

São Paulo e Perilima se enfrentam neste sábado, às 21h30, no estádio Anacleto Campanella, pela segunda rodada do Grupo 21.