Futebol Nacional

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Quem vai cuidar do Maracanã? Prazo para resposta se aproxima

Empresas concorrentes se movimentam nos bastidores 

Divulgação
Escrito por

Quem vai ficar com o Maracanã? A resposta para a pergunta é (por que não?) a mais aguardada nos bastidores do futebol do Rio de Janeiro. E a projeção é que nos próximos dias uma solução definitiva comece a ser dada ao estádio, cuja administração é alvo de cobiça de duas grandes empresas (Lagardère e GL Events) e motivo de dor de cabeça para a Odebrecht.

A ideia inicial da atual administração do estádio era apontar até o fim desta semana o lado escolhido como próximo gestor, mas entre os envolvidos no processo há quem diga que pode ser que a definição se arraste para semana que vem. Coisas do ramo empresarial.

Nos últimos dias, tanto Lagardère quanto GL Events têm se movimentado para convencer a Odebrecht de que tem mais capacidade para tirar o Maracanã do abandono atual. Conversas com fornecedores, possíveis parceiros, além do papo com clubes – mais especificamente com o Flamengo, por parte da GL Events, já que o Rubro-Negro não se cansa de dizer que não joga no estádio com a Lagardère à frente do negócio.

– Estamos alinhados com esse grupo. Temos compromisso e acordo comercial praticamente finalizado. A vigência total do contrato com o Maracanã é de 32 anos. O espírito do Flamengo, respeitados os interesses do clube, é que a solução seja estável. Tudo vai depender disso (do acerto com a GL) para assinarmos um contrato longo – afirmou o CEO do Fla, Fred Luz, ao LANCE!.
A Lagardère confia que tem mais know-how e poderio econômico. Tanto é que já colocou logo a proposta financeira para o estádio (cerca de R$ 60 milhões) nos documentos que enviou para aprovação do Governo do Rio.

Mas o fato de a Odebrecht apontar a empresa a qual venderá a concessão do estádio não significará reabertura imediata do estádio. Há trâmites legais, burocráticos e, principalmente, ajustes físicos a serem feitos no estádio, que, mesmo com a ordem judicial para voltar a ser administrado pela Odebrecht, recebeu poucos ajustes.

A Ferj até tentou pressionar para que o Maraca recebesse semifinais e final da Taça Guanabara. Mas, com a gestão atual se esquivando, o caso voltou à Justiça e a solução ficou distante.

O tempo passa para o Maracanã, que, se pessoa fosse, estaria em depressão profunda.

OS CONCORRENTES

LAGARDÈRE - A empresa de origem francesa aposta na expertise de administrar cerca de 60 arenas pelo mundo, sendo 45 deles estádios (incluindo o Castelão). Nos últimos dias, a empresa reforçou a atuação nos bastidores em conversas com executivos da Odebrecht e fornecedores do Maracanã.

GL Events - Especialista em gerir espaços de eventos, como o Riocentro, a empresa ganhou forças na briga pelo Maracanã ao fechar parcerias para administrar o estádio. Junto com a empresa de origem inglesa estão a Amsterdam Arena, AEG, CSM/Golden Goal e o Flamengo, que ameaça não usar o estádio sem a gestão.

Com a palavra
"Resultado de falta de planejamento
Amir Somoggi, Consultor de gestão esportiva

A situação do Maracanã é resultado de falta de planejamento e de não saber executar a forma correta para dar certo. Foi uma sucessão de erros. Empresas que não entendem nada de marketing, de captação de patrocínios, naming rights. Foram mais de R$ 173 milhões de prejuízo.

Nenhum dos grandes estádios está dando lucro para as operadoras. Os clubes estão fazendo dinheiro com a bilheteria, mas os espaços nobres não são vendidos. Não tem serviço de qualidade e nem um futebol de qualidade. As pessoas estão com acesso aos jogos europeus e aumentaram o grau de exigência. O clube teria que participar efetivamente, ser muito mais parceiro no projeto. Com quatro meses de estadual, ninguém ganha dinheiro. A situação tende a melhorar se o clube tiver interesse no negócio.