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‘Pelé foi um anjo da guarda para mim, me aconselhou muito’, diz Piazza, campeão da Copa de 1970

Ídolo do Cruzeiro e da Seleção Brasileira recorda convívio com o 'Rei do Futebol' e revela momento marcante na caminhada do tricampeonato mundial

Piazza jogou ao lado de Pelé na Seleção e contra o 'Rei' nos duelos entre Santos e Cruzeiro (Divulgação/ CBF)
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A saudade de Pelé fica ainda mais latente entre quem conviveu com o camisa 10 nos gramados. Campeão da Copa do Mundo de 1970 ao lado do "Rei do Futebol", Piazza contou ao LANCE!  os momentos de convivência que teve com o craque, que morreu aos 82 anos.

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- Nossa convivência era marcante no Santos, naqueles jogos memoráveis que o Cruzeiro fez contra eles. Mas, a partir de 1969, nas Eliminatórias da Copa do Mundo e depois na Copa de 1970, na Seleção comecei a ver de perto o quanto ele tinha simplicidade, tinha uma visão de mundo muito forte. Mais tarde, quando ele chegou ao Ministério dos Esportes, voltamos a nos aproximar - disse.

Wilson Piazza, que é presidente de honra e atual diretor institucional da Federação das Associações de Atletas Profissionais, falou da relevância da Lei Pelé.

- Pelé teve uma sensibilidade muito grande ao trabalhar em prol dos atletas, ao permitir que eles tenham uma formação e, depois de encerrar a carreira possam seguir um novo trabalho. Ele ficou muito atento neste período quando projetamos dar um trabalho socioeducacional - destacou o ex-jogador.

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Piazza falou sobre os confrontos pela Taça Brasil de 1966

- O Santos sempre representou nosso país em competições no exterior. Para nós, vencer aquela final da maneira que foi, com uma vitória por 6 a 2 no Mineirão e uma virada por 3 a 2 no jogo de volta em cima do Santos que tinha o Pelé foi emocionante por vários motivos. Além do nosso título, o próprio "Rei" reconheceu a força da nossa equipe. Foi um marco para mim, para o Dirceu Lopes, Evaldo, Natal. Um reconhecimento e tanto, uma honra... - constatou.

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O ex-jogador enfatizou o impacto de atuar ao lado do camisa 10 na luta pelo tricampeonato da Seleção Brasileira em 1970. 

- Ter presença do Pelé ao seu lado era excepcional. Saber que você atua ao lado do melhor do mundo dá um fortalecimento para o time. Isso foi relevante para todos nós que estivemos na campanha no México - disse.

Piazza, que atuou como zagueiro, contou um momento emblemático na caminhada rumo ao tri.

- Foi logo depois do primeiro jogo da gente na Copa do Mundo (a goleada por 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia). Tínhamos chegado ao vestiário, todos entusiasmados com a vitória que vencemos. Lembro que Pelé foi o último a chegar e entrou batendo palma. Todo mundo olhou e ele disse: "olha, foi muito bom, mas precisamos melhorar muito ainda". Até quem tinha disputado Copa antes, como Tostão, Jairzinho, olhou com atenção. Todo mundo se entreolhou por um tempo - e acrescentou:

- Lembro como se fosse hoje. Logo depois, o Pelé sentou do meu lado, e falou para mim: "tem que falar assim senão acha que já é campeão". Foi um alerta para nós de que foi Copa do Mundo é uma competição de tiro curto. Ele foi um anjo da guarda para mim, me aconselhou muito - complementou.

Piazza se emocionou ao falar sobre seu colega de Seleção.

- Não falo isso apenas pensando na grandiosidade dele, por ter sido o melhor do mundo. Mas para quem conviveu com a simplicidade dele foi emocionante. Está me doendo muito a partida não só do atleta, do maior do mundo, mas do amigo que deu apoio para a gente - contou.