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Oposição entra com pedido de impugnação das eleições da Ferj

De acordo com a chapa opositora, processo 'fere de forma contundente a Constituição Brasileira'. Eleição está marcada para o dia 27 de abril 

Rubens Lopes é o atual presidente da Ferj (Foto: Vinícius Faustini)
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O candidato de oposição na eleição para a presidência da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Rogerio Manso, protocolou nesta segunda-feira um pedido de impugnação do processo eleitoral e do edital contra o atual presidente da entidade, Rubens Lopes. De acordo com a chapa, o processo "fere de forma contundente a Constituição Brasileira".

O LANCE! teve acesso ao documento que apresenta, entre as principais denuncias, a falta de definição formal sobre o colégio eleitoral, de prazo para a comissão apresentar o colégio eleitoral e de informações atualizadas no site da entidade, o que inviabiliza as chapas concorrentes de realizarem suas campanhas em tempo hábil. 

O texto faz apelo por uma comissão "livre" e classifica a atual, liderada pelo atual presidente Rubens Lopes, como de “ação entre amigos, que não respeita as leis , a ordem e a comunidade do futebol". A FERJ se defendeu das acusações, afirmando que 'obedece à legislação, aos dispositivos estatutários e aos princípios da transparência e lisura'. (confira abaixo)

Documento de impugnação da oposição (Foto: Reprodução)

Em contato com a reportagem, o advogado Jorge Fernandes, vinculado com a chapa de oposição liderada por Rogerio Manso, explicou a situação legislativa e apontou os principais motivos de reclamação do grupo. 

– Nós usamos como parâmetro a eleição de 2014, na qual ele marcou o pleito para fevereiro. Como era candidato único, marcou sem prazo e foi eleito por aclamação. Dessa vez tem uma chapa de oposição. Um clube entrou com ação no MP para que ele desse posição sobre a eleição e isso não ocorreu. Depois, de forma surpreendente, marcou a audiência para 10 de abril. O problema é que fez manobras administrativas para os clubes não participarem. Quem está com ele, vai poder votar. Só quem é amigo do rei – declarou o advogado. 

Apesar da declaração, é possível encontrar o rito processual no site da Federação. A FERJ também informou que há juristas de fora da Federação - sem ligação com a entidade - responsáveis pela comissão. Os prazos também estão dentro do acordado no documento.

Não é a primeira vez que a eleição recebe denúncias. Em março deste ano, o HEIPS, clube amador, entrou com pedido no Ministério Público para intervenção do pleito, alegando 'desmandos do presidente e a coação sobre clubes que não apoiam a chapa'. Na ocasião, a Federação se defendeu afirmando que o pedido tinha intenção de caluniar e difamar o processo eleitoral.  

A eleição está marcada para o dia 27 de abril. O mandato vai de 2019 a 2022. A chapa de situação será representada pelo atual presidente Rubens Lopes, que busca reeleição. Rogério Manso, autor do pedido de impugnação da eleição, concorre pela chapa de oposição. 

– O que a gente propõe é que os verdadeiros donos da Ferj, do futebol carioca, são os clubes. Não pode ser só o grupo do rei e seus assessores. O que a gente propõe é que tenha uma união para que todos do futebol tenham direito a voto, tenham posicionamento – disse Manso ao L!, que enfatizou a situação dos clubes pequenos do estado.

– Você tem a Série A, B1, B2, C e as ligas municipais. A grande controvérsia é que na B1 e a B2, há clubes com impedimentos administrativos, e na série C aptos hoje são só seis clubes, de 42. Então, o que a gente propõe é que todos tenham poder de voto e possam participar. As ligas municias têm quase 70 e você tem só 49 aptos. Nossa proposta é que todos possam falar sobre, tenham poder de voto. É criar uma unificação para que possa mudar. Na chapa que temos constituída, todos somos membros de clubes – completou o dirigente.

Ferj nega irregulariades

Por nota, a Ferj negou a existência de irregularidades no processo eleitoral e disse que manterá o pleito conforme o previsto. 

"A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro ratifica todos os procedimentos relativos ao seu processo eleitoral, realizados rigorosamente em obediência à legislação, aos dispositivos estatutários e aos princípios da transparência e da lisura, publicizando-os a qualquer interessado na forma e prazos estatutários", informou a entidade, em nota.