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OPINIÃO: CBF é digna de riso, mas Primeira Liga tem erros

João Carlos Assumpção, colunista do LANCE!, analisa comunicado da entidade vetando jogos da Copa Sul-Minas-Rio

Primeira Liga vive mais problemas antes da primeira rodada
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A Copa Sul-Minas-Rio, a meu ver, começou mal já no momento de sua formulação, sem consenso inclusive entre os participantes da Primeira Liga, que não falavam a mesma língua.

Mas a nota da CBF, que optou por ficar ao lado das federações estaduais, é digna de riso, especialmente quando fala em harmonizar e democratizar o futebol brasileiro e em promover competições rentáveis.

De democrática a CBF não tem nada, tanto que impõe um sistema eleitoral que impede a rotatividade de poder e faz da Seleção o que bem entende, sem dar satisfação a ninguém, tratando um patrimônio nacional como se fosse propriedade particular de um grupinho que não quer largar o osso.

O que não quer dizer, no entanto, que a Liga, da forma que foi montada, seja uma boa ideia. Foi criada às pressas para tentar ocupar o espaço dos Estaduais, que de lucrativos nada têm. Basta ver a média de público do Estadual do Rio nos dois últimos anos... Mas isso não quer dizer que ela desperte maior interesse que os Estaduais, muitos dos quais considero falidos.


O problema vai além da realização da Sul-Minas-Rio em 2016. O futebol brasileiro precisa de um novo calendário, com menos espaço para os Estaduais, que seja mais racional com os times grandes e contemple também os pequenos, muitos dos quais passam pelo menos quatro meses sem atividade nenhuma.

A adaptação ao calendário europeu deveria ser pelo menos debatida e os clubes, que vivem dizendo amém ao que fala a direção da CBF, poderiam parar de ser coniventes com a confederação e assumir o protagonismo. Especialmente os maiores, como Corinthians e Flamengo.

Defendo uma liga de clubes para organizar o Brasileiro e uma CBF transparente e democrática, com representantes da sociedade civil e gerida por um colegiado, para administrar a Seleção.

Para tanto, porém, os clubes têm de parar cada um de pensar apenas no próprio umbigo e montar um plano de ação, enfrentando a CBF e se unindo para viabilizar uma liga que administre o Brasileirão. Como tentaram em 1987, quando da famosa Copa União, que lamentavelmente, pela desunião que impera em nosso futebol, acabou parando na Justiça.

Se nada for feito a Alemanha fará o oitavo, o novo e logo mais o décimo gol...